.

:: ‘audiência pública’

Audiência pública aponta falhas no sistema transporte coletivo

Audiência Publica sobre Transporte Coletivo Urbano de Feira de Santana

Foto: Vicen Ferreres

A manhã inteira de debates sobre o transporte coletivo urbano de Feira de Santana resultou em uma conclusão simples: o sistema tem problema e o BRT ainda é uma incógnita para a maioria dos feirenses. Foi nesta sexta-feira (17), na Audiência Pública realizada pela Câmara Municipal, por iniciativa da Comissão Obras, Urbanismo, Infraestrutura, Agricultura e Meio Ambiente. A condução dos trabalhos ficou a cargo do vereador Roberto Tourinho, que também preside a comissão.

O processo de recuperação judicial para buscar o equilíbrio, a concorrência desleal do transpor clandestino e a situação crítica encontrada pelas empresas foram apontadas Claudinei Aparecido Castanha, consultor técnico e economista da empresa Rosa, que admitiu algumas dificuldades pelo fato de não ter sido atingida a demanda de usuários prevista inicialmente.  Ele disse que a média de reserva técnica de frota é de 5 a 10% e a Rosa está com 7%. Sobre a operação do sistema BRT, o técnico afirmou que Inicialmente o sistema iria funcionar com a frota e as linhas existentes. “O contrato prevê e as empresas vão cumprir, quando as obras forem concluídas, mas vai ser necessário uma racionalização”, explicou Claudinei Castanha, antecipando que terá que ser feito um estudo para modificação de algumas linhas, desativação de outras e criação de novas. “Vamos cumprir os deveres e cobrar os direitos”, declarou.

O advogado Carlos Daniel Rolfissen, da empresa São João, assegurou que o contrato, que tem prazo de 15 anos, será cumprido até o final e para isso defendeu a viabilidade financeira do sistema. “Feira de Santana passou a ter a frota mais nova do país”, disse, citando a licitação das vans, realizada pela Prefeitura Municipal, para acabar com a concorrência desleal. “Vamos continuar em Feira de Santana”, pontuou.

Os secretários

A Audiência Pública contou com a participação de três secretários municipais, que falaram sobre as ações governamentais para a melhoria do sistema de transporte coletivo e o andamento das obras do BRT. João Marinho Gomes Júnior, titular da Secretaria de Administração, destacou a preocupação com a lisura da licitação, lembrando que seis empresas foram habilitadas e, por questões judiciais, o processo durou seis meses. “Mas não houve nenhuma irregularidade”, atestou.

Sobre o BRT, o secretário de Planejamento, Carlos Brito, informou que foi necessário fazer uma reprogramação, para concluir as obras em dezembro, mas ainda haverá um atraso de aproximadamente dois meses, por causa do período de chuvas – junho, julho e agosto. Brito disse que quando o assunto dá mídia o povo faz estardalhaço, mas assegurou que “o governo está muito confortável para tirar dúvidas e às ordens para qualquer questionamento”.

Ainda em defesa do governo, o secretário de Transporte e Trânsito, Saulo Figueiredo, disse que a realidade de desequilíbrio econômico não é somente em Feira de Santana e citou situações similares em Salvador e no Rio de Janeiro. “O grande problema que temos não é só o transporte clandestino, mas a necessidade de otimização das linhas”, disse, destacando que “as vans irregulares bagunçam o trânsito, cobram menos e atraem as pessoas”. Saulo Figueiredo afirmou ainda que a frota 100% acessível, o que só ocorre, segundo ele, em 5% das cidades da Bahia. “Feira está entre as 10 cidades com tarifas mais baixas e a primeira que terá Wi-fi nos ônibus”, anunciou. Sobre as condições da frota, o secretário informou que a média nacional da idade dos ônibus é seis anos e a média em Feira de Santana é três anos e meio. :: LEIA MAIS »

PDDU é apresentado em audiência pública

PDDU é apresentado em audiência pública

Foto: Divulgação

O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Territorial (PDDU) foi tema de audiência pública realizada nesta quinta-feira (16) no plenário da Câmara Municipal de Feira de Santana, atendendo ofício de autoria da Comissão Especial da Casa. Autoridades, profissionais e estudantes de engenharia e arquitetura representantes da sociedade civil prestigiaram a discussão. A explanação do conceito e das disposições preliminares do PDDU ficou a cargo do técnico José Augusto Saraiva. O vereador Carlito do peixe (DEM) conduziu os trabalhos compondo a mesa de honra juntamente com o vereador Cadmiel Pereira (PSC) relator da Comissão Especial, o secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito, o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro, o coordenador executivo do Integra Feira e diretor do Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental, Claudio de Carvalho Mascarenhas, e o inspetor chefe da Regional do CREA-BA em Feira de Santana, Gerinaldo Costa.

Ao saudar os presentes, o vereador Cadmiel Pereira destacou a importância de discutir as diretrizes do PDDU e ressaltou o trabalho da Comissão no sentido de criar e analisar as emendas e propostas para formatação final da referida lei. “Feira de Santana será como um farol para o Nordeste em relação ao PDDU. O Plano já foi avaliado pelos vereadores e teremos um novo encontro para continuidade dessa discussão”, afirmou.

O inspetor chefe da Regional do CREA-BA em Feira de Santana, Gerinaldo Costa, tratou de temas como ocupação desordenada do território urbano e os problemas resultantes desse movimento. “Qualquer ação de planejamento e organização da cidade ganhou um marco legal chamado Estatuto das Cidades, que veio para derrubar a barreira de desumanização que impede o desenvolvimento das cidades. O Estatuto exige principalmente a participação direta da população na gestão das cidades”, destacou defendendo a realização de mais audiências para garantir que a democracia prevaleça no âmbito da gestão pública.

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro, ao cumprimentar as autoridades e demais presentes, abordou a atuação da Prefeitura Municipal diante da necessidade de criação do novo PDDU. “Para se criar um instrumento dessa magnitude, o Governo deu início a elaboração desse documento com a promoção de debates incluindo a participação da comunidade. Por isso, é de extrema importância que a população se engaje e participe ativamente desse debate, dando sugestões e apontando soluções”, destacou.

O coordenador executivo do Integra Feira e diretor do Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental, Claudio de Carvalho Mascarenhas, explanando sobre a estrutura e planejamento do projeto Integra defendeu a necessidade de transformar Feira de Santana em uma cidade mais humana.  “Essas audiências são importantes para debater estratégias de crescimento e desenvolvimento ordenados deste município. É preciso alertar o poder popular para a importância de ter atenção na hora do voto e para o seu poder de consumo. Precisamos intensificar os debates com a participação não apenas das autoridades e especialistas, mas, principalmente, do povo”, destacou.

O secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito, ressaltou a responsabilidade do Legislativo sobre a aprovação do PDDU. “É muito importante que tenhamos a lucidez para dimensionar o grau de responsabilidade de cada um dos envolvidos nesse processo de construção de um plano de desenvolvimento de nosso município. Esse Plano está sendo discutido há um ano e se existe a possibilidade de melhorar o que foi apresentado devemos intensificar os debates e essa Casa tem o livre arbítrio para melhorar a proposta que foi entregue pelo Executivo. Esse Plano em algum momento terá que ser aprovado e eu acredito na capacidade das pessoas em fazer o melhor para construímos uma cidade mais humana e tenham certeza que o Governo tem o melhor para Feira de Santana”, concluiu. :: LEIA MAIS »

Agência Reguladora fará última Audiência Pública do Plano Municipal de Saneamento Básico

A Agência Reguladora de Feira de Santana (ARFES), realiza nesta terça-feira, 07, a partir das 8h30, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, a última Audiência Pública sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico, que está sendo elaborado por técnicos da Fundação Escola Politécnica (FEP). O evento terá a participação do prefeito Colbert Martins Filho, de representantes do Comitê de Coordenação do Plano Municipal de Saneamento Básico, da Secretaria Estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, da Câmara Municipal, de movimentos sociais, entre outras pessoas direta e indiretamente envolvidas.

Na referida Audiência Pública,  será explanado um conjunto de medidas relacionadas aos serviços de água, esgotos, lixo e drenagem das águas de chuva, que tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida e da saúde da população. Também os palestrantes discutirão, entre outros assuntos, a metodologia participativa do Plano supracitado, os meios de sua implementação e os aspectos legais e institucionais. O  Plano Municipal de Saneamento Básico é construído com a participação da população e, para o seu processo de elaboração, já foram colhidas informações e a opinião dos moradores das diversas comunidades da zona urbana e do meio rural, por meio de 26 oficinas, consulta pública e audiência pública.

“PL do Veneno” é discutido em audiência pública no MP nesta quarta

Com o objetivo de discutir estratégias para barrar o Projeto de Lei 6299/02, será realizada amanhã, dia 1º, a audiência pública ‘O PL do Veneno e o Desmonte da Legislação de Agrotóxicos’. Conhecido como ‘PL do veneno’, o projeto pretende estabelecer nova regulamentação para a produção, registro, uso, armazenamento e descarte de agrotóxicos no Brasil. O PL também propõe alterar o termo ‘agrotóxico’ para ‘defensivo fitossanitário’, o que deve facilitar o registro de produtos compostos por substâncias consideradas cancerígenas pelos órgãos reguladores.  O evento acontece às 14h no Ministério Público estadual, no CAB. A audiência seria realizada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), mas foi transferida para o MP devido ao incêndio que atingiu o prédio da Alba no último sábado (28).

De acordo com a promotora de Justiça Luciana Khoury, coordenadora do Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, no evento serão articuladas medidas para enfrentamento do tema. “É muito importante termos a participação da sociedade civil, das universidades, dos órgãos públicos, para que possam ter contato com mais informações sobre o PL do Veneno”, afirma.

Lei Anticorrupção será tema de audiência pública em Salvador

Lei Anticorrupção

Lei Anticorrupção

Será realizada na próxima quarta-feira (18), no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador, das 9h às 12h, audiência pública para discussão do Projeto de Lei Anticorrupção (PL nº 453/2015), de autoria do vereador Duda Sanches (DEM). A proposição legislativa possui o objetivo de regulamentar a Lei Federal 12.846/2013 (Lei Anticorrupção) na capital baiana, possibilitando a responsabilização das pessoas jurídicas que cometam atos lesivos contra a administração pública municipal, criando o processo adequado ao conhecimento, apuração e aplicação das penalidades firmadas pela legislação.

Como se trata de projeto que impactará o mercado local, argumenta o vereador Duda Sanches, “é imprescindível a discussão com a sociedade, motivo pelo qual conclama-se pela participação da população soteropolitana nesta importante discussão para os rumos da municipalidade”.

Audiência Pública abre discussão sobre o Plano de Mobilidade Urbana de Barreiras

Audiência Pública abre discussão sobre o Plano de Mobilidade Urbana de Barreiras

Plano de Mobilidade Urbana de Barreiras

A Prefeitura de Barreiras por meio da Secretaria de Segurança Cidadã e Trânsito realizou nesta tarde de quinta-feira, 28, uma audiência pública na Câmara de Vereadores, para discutir a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Barreiras – PlanMob. O secretário de segurança cidadã e trânsito acompanhado da professora da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Natália Assunção Brasil, apresentaram o plano diretivo de mobilidade urbana, que será realizado em três fases até a inserção no Plano Diretor Urbano do município.

Nesta primeira fase, foi exposto o diagnóstico e estudos já realizados sobre o trânsito na cidade. Durante a explanação foram apresentados as metas e ações da cidade para os próximos 10 anos, nos eixos: Transporte Público, Pedestre, Bicicleta, Transporte Motorizado Individual, Sistema Viário, Estacionamento, Gestão e Polo Gerador de Tráfego. O PlanMob visa apresentar estratégias e ações de 2019 até 2029 e está sendo estruturado conforme os conceitos dispostos na Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal 12.587/12).

Na segunda fase, acontecerão as aplicações de questionários em escolas, consultas públicas, as reuniões setoriais nos bairros e um link será disponibilizado no site oficial da Prefeitura de Barreiras, para que os cidadãos participem da construção do PlanMob. “Na próxima semana estaremos visitando as escolas e iniciando as reuniões populares, pois o objetivo é proporcionar ferramentas para que a população possa opinar, participar e construir o plano juntamente com todos os agentes públicos”, disse o subsecretário Junior Sampaio.

Conforme o levantamento apresentado na audiência, se nada for feito para mudar o atual rumo da mobilidade urbana da cidade, a frota de veículos tende a aumentar, dificultando ainda mais os estacionamentos e diminuindo as opções de acessibilidade, causando mais transtornos para os motoristas, ciclistas e pedestres. “Sabemos que não resolveremos nada com imediatismo, mas precisamos começar a pensar o trânsito da nossa cidade para os próximos anos. A função do Plano de Mobilidade é melhorar todo o cenário e, por meio de estratégias e propostas, alcançando uma realidade estável para 2029 – pedestres e ciclistas terão espaço para locomoção, o trafego de carros e motos terá melhor organização, ruas, avenidas com sinalização pública, com estacionamentos definidos e melhoria também na mobilidade do transporte coletivo”, disse o secretário Luiz Vidal.

O roteiro das escolas municipais que serão visitadas já foi definido, e no dia 09 de julho, a Escola Municipal Alcyvando Liguori da Luz II no bairro Flamengo, será a primeira a receber a equipe do PlanMob. Segundo informações do secretário Vidal, a expectativa é que até abril de 2019 o diagnóstico seja consolidado no projeto de Lei, que será enviado para apreciação do Poder Legislativo.

Audiência pública discutirá impactos ambientais de atividade mineradora em Jacobina

O Ministério Público estadual realizará no dia 19 de setembro audiência pública sobre os impactos ambientais da atividade de extração de ouro no município de Jacobina. O evento está previsto para ocorrer no Colégio Gilberto Dias Miranda, às 8h, na Rua Antônio Manoel A. de Mesquita, bairro Félix Tomaz. A audiência foi convocada pelo promotor de Justiça Pablo Almeida, que investiga as consequências das atividades mineradoras da Jacobina Mineração e Comércio Ltda. (JMC) para a qualidade das águas, solo, subsolo e ar, bem como as consequências para as comunidades tradicionais locais.

Segundo o promotor, vão ser debatidas as provas já colhidas pelo MP e os dados do relatório elaborado pelo Instituto de Meio Ambiente (Inema). Com base no documento, Pablo Almeida informa que 14 de 21 amostras de águas coletadas pelo órgão ambiental revelaram concentrações elevadas de substâncias químicas, em desconformidade com a Resolução 357/2015 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O promotor aponta que existe “a possibilidade de prejuízos para os mananciais que fornecem água para o consumo humano da cidade de Jacobina”. Na audiência, serão também debatidas as possíveis medidas mitigatórias e compensatórias pertinentes.

“Os principais agressores dos idosos são os gestores”, denuncia deputado

Deputado estadual José de Arimateia

Deputado estadual José de Arimateia (PRB)

Na audiência pública que discutiu a violência contra o idoso, o deputado estadual José de Arimatéia (PRB) abordou sobre o assunto. Segundo Arimatéia, uma das maiores violências sofridas pelos idosos é a falta de apoio dos poderes públicos. “Os principais agressores dos idosos são os gestores que não cumprem a lei. Violência contra o idoso não é só espancamento ou abuso psicológico ou financeiro”, afirmou.

O deputado disse que é autor da indicação ao Governo do Estado para que se criasse delegacias especializadas para idosos. A indicação é de 2001. De lá para cá apenas uma delegacia foi criada. “E é um local precário que nem acessibilidade para o idoso tem”, criticou. Arimatéia disse ainda que a Bahia é o único Estado que ainda não tem um Conselho Estadual do Idoso e nem mesmo tem um fundo que arrecade dinheiro para ajudar o idoso, mesmo havendo uma lei que permite que isso aconteça.

Audiência promove debate sobre prestação de serviços de água e luz no sul do Estado

A 1ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais de Itabuna, sul do Estado, realiza nesta quinta-feira (7) uma audiência pública para debater a prestação de serviços básicos de água e luz na região. A reunião acontece a partir das 9h, no auditório da Câmara Municipal de Itabuna, e é aberta ao público. O objetivo da reunião é promover uma resolução consensual de questões relativas a esses temas, em médio e longo prazo.

O Secretário de Infraestrutura do Estado da Bahia, Marcus Cavalcanti, a Procuradora-Geral de Justiça, Ediene Lousado, Juízes da comarca e 32 Prefeitos de municípios da região participam do encontro. Protagonistas dessas políticas públicas, como representantes da Agência Nacional de Águas, do Ministério das Cidades e da Agência Nacional de Energia Elétrica, também estão presentes.

O Juiz Titular da 1ª Vara do Sistema do Juizado da Comarca, Alexandre Mota Brandão de Araújo, explica que a iniciativa surgiu a partir da observação do aumento significativo de ações contra as concessionárias responsáveis pelo fornecimento dos serviços de água e luz do município, Embasa e Coelba, respectivamente. “Em vez de darmos uma situação individualizada, no varejo, nós estamos querendo encontrar uma solução a médio ou longo prazo em nível global”, conta.

Ao que diz respeito a Embasa, concessionária responsável pelo serviço de água da cidade, as queixas mais recorrentes dizem respeito à cobrança da tarifa de esgoto sem a prestação do serviço. “Aqui em Itabuna apenas 15% do município com tratamento de esgoto. Ou seja, 85% do município paga pelo serviço sem ter o serviço”, conta. De acordo com o Juiz, a Embasa só realiza a coleta de 40% do esgoto produzido pela população, tratando 15% deste montante. O Magistrado explica que a Lei nº 11.445/07 estabelece diretrizes e política federal de sanamento básico e define que as agências devem realizar a coleta e o tratamento do esgoto. Contudo, boa parte das concessionárias realiza apenas parte do serviço de coleta, embora cobre pelo tratamento. “Se você está cobrando pelo tratamento de esgoto, você tem de prestar o serviço”, salienta. Um dos objetivos, inclusive, é discutir como o serviço de saneamento básico na região pode ser ampliado pela Embasa.

Contudo, para que a ampliação aconteça, cada município deve aprovar seu Plano Municipal de Saneamento Básico. “Dos 32 municípios integrantes da região Sul, apenas dois têm plano Municipal de Saneamento Básico”, informa. A audiência pública desta quinta também procura instruir os gestores neste sentido e aproximá-los das agências, viabilizando a aprovação destes planos com agilidade para viabilizar a ampliação do sistema de saneamento. O Magistrado defende que o investimento na área é fundamental para proporcionar saúde à população, diminuindo as incidências de doenças ligadas ao contato com água contaminada. “Cada real investido em saneamento básico gera R$3,50 de economia na saúde. As crianças adoecem menos, assim como os trabalhadores”, argumenta. Ele complementa que a medida também é fundamental para a preservação da fauna e flora. “O Rio Cachoeira, que cobre a região, é um rio poluído, que fede. É um esgoto a céu aberto. Nós precisamos reverter esta situação”, afirma.

Já as queixas da população a respeito do serviço prestado pela Coelba dizem respeito às constantes quedas de energia. Parte considerada da rede que abastece a cidade é antiga e não suporta tempos chuvosos. Além disso, a rede corta área da Mata Atlântica, o que provoca a constante necessidade de realizar podas constantes nas árvores próximas a fiação. “Parece-me que este serviço não está sendo feito a contento. Há a necessidade de renovação desta rede e um controle maior da poda e do acesso desta rede”, opina.

O Juiz explica outra questão que demanda o Judiciário: a ampliação do programa “Luz Para Todos”, iniciativa do Governo Federal para promover o acesso de famílias residentes em áreas rurais à energia elétrica de forma gratuita. “Há muita reclamação quanto à implementação do programa. Nós vamos também trabalhar e conversar com o pessoal da Coelba para verificar a possibilidade da apresentação de um plano mais abrangente para o Luz para Todos”, afirma. O Presidente do Comitê Gestor do Luz Para Todos também participa da audiência pública. O Magistrado destaca que a iniciativa de realizar a audiência pública contou com o apoio do Ministério Público do Estado da Bahia, por meio da Procuradora-Geral de Justiça e da equipe de promotores que atuam em Itabuna; da Juíza titular da 2ª Vara dos Juizados Especiais, Carla Araújo Rodrigues; e do Juiz titular da 3ª Vara dos Juizados Especiais, Júlio Gonçalves.

Audiência pública é realizada para apresentar LDO 2019

Audiência pública é realizada para apresentar LDO 2019

Alagoinhas

A Prefeitura Municipal de Alagoinhas, através da Secretaria de Planejamento e Orçamento (SEPLA), realizou, nesta quinta-feira (10), uma audiência pública na Câmara de Vereadores para apresentar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2019. Cumprindo o Art. 4º da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Projeto de Diretrizes Orçamentárias vai integrar o anexo de metas fiscais do planejamento municipal e, segundo o secretário da pasta, Tácio Lobo, além da transparência, o objetivo é abrir um canal de comunicação entre o poder executivo e a comunidade para discutir ações orçamentárias da gestão.

“Seguindo a rotina que a gente implantou desde o ano passado das audiências públicas, de prestação de contas para a população, melhoria da nossa transparência, através também do novo portal, que a gente lançou, a gente mais uma vez vem aqui prestar contas à população desse projeto que está sendo entregue à Câmara no dia 15 de maio. São peças às vezes muito técnicas, mas a gente tenta colocar de uma forma cada vez mais simples, com uma linguagem transparente”, explicou o secretário de planejamento.

Segundo ele, um dos pontos principais da LDO é a definição de prioridades da gestão pública municipal. O plano estruturante prevê prioridades entre ações que já estão sendo executadas pela prefeitura, como o fortalecimento da atenção básica à saúde, a ampliação da rede de assistência social, o fomento à inclusão digital e o desenvolvimento da agricultura familiar, entre outras metas elencadas. O intuito, de acordo com a SEPLA, é que o documento permita a projeção de receita e o cálculo de valores ficais para preservar a saúde financeira do município e promover avanços de caráter social, humano, econômico, urbano e rural.

A Secretaria informou que os dados apresentados foram derivados tanto do trabalho da equipe técnica quanto das audiências públicas já realizadas, e comunicou que, nos próximos meses, vai divulgar um calendário de audiências para discutir também a Lei Orçamentária Anual (LOA), imprescindível para o desenvolvimento do plano plurianual (PPA).

Plano de Mobilidade Urbana é criticado em audiência pública

Plano de Mobilidade Urbana é criticado em audiência pública

Foto: Antonio Queirós

O Projeto de Lei nº 79/18, que tem o objetivo de instituir a Política Municipal de Mobilidade Urbana em Salvador, foi alvo de críticas durante a audiência pública realizada na tarde desta sexta-feira (20), no Centro de Cultura da Câmara, por iniciativa do presidente da Comissão de Transporte, vereador Hélio Ferreira (PCdoB). Movimentos sociais, parlamentares, rodoviários e urbanistas criticaram a proposta, de autoria do Poder Executivo, e questionaram a participação popular no processo de elaboração da matéria.

O auditório lotado em uma sexta-feira chuvosa, para o vereador Hélio Ferreira, foi uma “prova concreta do quanto o povo quer debater a mobilidade urbana” em Salvador. Para o legislador, a participação popular é essencial para ampliar os debates e encontrar soluções para as dificuldades enfrentadas diariamente na cidade. “Esse é o momento ideal para corrigirmos os problemas. É importante que as pessoas apresentem suas demandas, principalmente os trabalhadores de transporte e as comunidades carentes, que enfrentam as dificuldades todos os dias”, declarou Hélio Ferreira.

O deputado estadual Raimundo Nonato (PCdoB), popularmente conhecido como Bobô, afirmou que o debate sobre a mobilidade urbana em Salvador ainda é “relativamente recente”. De acordo com o ex-jogador de futebol e ex-gestor da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), o esporte também deve estar inserido nas discussões. “Começamos essas discussões para valer quando a cidade só tinha 6 km de metrô. Teremos 41 km até o fim deste ano. Mobilidade tem muito a ver com democratização dos espaços e respeito ao cidadão. Para melhorarmos as ciclovias e conseguirmos uma cidade cada vez mais rápida e dinâmica, devemos consolidar políticas públicas para o setor”, ponderou Bobô.

“Copia e cola”

Além do que considerou “falta de participação popular” na elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana, o arquiteto e urbanista, Daniel Caribé, criticou também o conteúdo do projeto de lei. Segundo o técnico, “a prefeitura nada mais fez do que copiar e colar” o teor do Plano Nacional de Mobilidade Urbana. “Bastante questionável uma metodologia de participação popular em que pessoas são escolhidas a dedo, sem nenhum critério, para debater. A proposta é vazia e não decide sobre pontos importantes para a mobilidade. A única coisa que tem de concreto no projeto é que, se for aprovado, o prefeito vai poder decidir tudo através de um decreto”, reclamou Caribé. Presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAT-BA), Daniel Colina criticou a integração entre o ônibus e metrô em Salvador. “Foi feita aos trancos e barrancos, de uma forma capenga. Por isso, os trabalhadores dos ônibus ‘amarelinhos’ estão protestando. Precisamos de um plano para todo o núcleo urbano, que seja inclusivo e integre de verdade”, pontuou.

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) e o vereador Hilton Coelho (PSOL) também participaram da audiência pública.

Audiência Pública discutirá Plano Municipal de Educação

Democratizar, conferir transparência e assegurar a participação popular é um dos objetivos da Audiência Pública para monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação (PME). A audiência, aberta ao público, será realizada no próximo dia 6 de fevereiro, de 8 às 12 horas em Vitória da Conquista.

Para o secretário de Educação Marcelo Melo, “a realização da audiência pública sobre o Plano Municipal de Educação demonstra o compromisso da gestão em garantir o efetivo cumprimento das metas. Sabemos que temos muito o que avançar, mas estamos empenhados em melhorar a cada dia a qualidade da educação do nosso município”.

Para discutir detalhes sobre a audiência, que acontecerá no auditório da Câmara Municipal de Vereadores, os membros do Fórum Municipal de Educação se reuniram na tarde desta terça-feira, 16. Na ocasião, os presentes destacaram questões técnicas e pontos do Relatório Preliminar das metas e estratégias do PME que já foram alcançados.

O coordenador geral do Fórum Municipal de Educação, órgão responsável pelo monitoramento e execução do PME, Pedro Emílio Passos, avaliou a reunião de modo positivo. “Percebemos o compromisso dos membros do fórum em discutir as metas para avançarmos e ter cada vez mais uma educação de qualidade no município”, disse.

Sancionada em junho de 2015, após três meses de debate com diversos setores sociais, a lei que institui o PME apresenta 20 metas ligadas ao Plano Nacional de Educação (PNE). O PME decide os rumos da educação no município a cada dez anos, considerando desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, passando pelo Ensino Profissionalizante​.

“A grande maioria dos empresários que exploram o transporte coletivo no Brasil são picaretas”, dispara Tourinho

Vereador Roberto TourinhoFalando sobre a audiência pública realizada na última sexta-feira (24), o vereador Roberto Tourinho (PV) criticou os representantes das empresas de transporte coletivo urbano que operam na cidade de Feira de Santana. “Eles deram a estapafúrdia justificativa que houve um erro de digitação dizia que a data era diferente a que constava no ofício enviado a sede das empresas. Por isso se negaram de comparecer a essa Casa. O vereador disse que não tem como acreditar na seriedade dessas empresas, principalmente na São João após a entrada do pedido de recuperação judicial porque não tem condições de pagar os seus credores e se negarem a vir a Casa dar explicações.

“A sua não vinda só mostra uma manobra para não dar explicações. Vou me dedicar e vamos fazer um verdadeiro pente fino nessas empresas que operam o sistema de transporte coletivo dessa cidade. A grande maioria dos empresários que exploram o transporte coletivo no Brasil são picaretas. Mudam-se as coleiras, mas os cachorros são os mesmos. São iguais a cachorros: é latindo, mas não larga o osso”, disparou.

Audiência pública discutirá redução da vazão dos rios e gestão do uso das águas

O Ministério Público estadual realizará no próximo dia 1º de dezembro, no município de Correntina, uma audiência pública para discutir a redução da vazão dos rios da Bacia Hidrográfica do Corrente. Aberta à população, a audiência acontecerá às 9h, no Ginásio de Esportes. A situação de crise hídrica na região foi objeto de uma reunião realizada no último dia 22 entre o governador do Estado, Rui Costa, a procuradora-geral de Justiça Ediene Lousado, as promotoras de Justiça Cristina Graça e Luciana Khoury e secretários estaduais. Nela, foi discutida a gestão das águas da bacia e apresentada uma proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê, entre outras medidas, a regularidade das outorgas concedidas pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para grandes empreendimentos na região.  Fotografias áreas apresentadas na reunião comprovaram que também existem captações clandestinas das águas dos rios, que causam impactos na vazão. Por isso, o Governo do Estado solicitou prazo de 90 dias para verificação em campo da situação de captação das águas, de modo a diagnosticar melhor o problema, e criou um grupo de trabalho para o qual o MP foi convidado a participar.

Segundo a promotora de Justiça Luciana Khoury, que coordena o Núcleo de Defesa do Rio São Francisco (Nusf), em razão dos últimos acontecimentos divulgados sobre os conflitos ocorridos em Correntina devido à vazão da Bacia do Corrente, o Ministério Público buscou resolver a situação de maneira a pactuar com o Estado a adoção de medidas eficientes para solução do problema. Na reunião com o governador, ela apresentou o contexto de conflitos socioambientais existentes na Bacia do São Francisco, enfatizando a situação da crise hídrica existente na Bacia do Corrente em razão de fatores climáticos, como a escassez de chuvas, os impactos socioambientais dos grandes empreendimentos (especialmente os de agronegócio) e a insuficiência na implementação dos Instrumentos de Gestão das Águas.

A redução de vazões dos rios da região – Rio Arrojado, Rio Correntina ou das Éguas, Rio Guará e outros, todos eles afluentes do Rio Corrente, que por sua vez deságua no Rio São Francisco – vem sendo denunciada pela população desde 2015 ao Ministério Público, que, por meio da Promotoria Regional Ambiental de Bom Jesus da Lapa, instaurou um inquérito civil para apurar a situação as vazões e a regularidade da concessão de outorgas pelo Inema. As denúncias de que a redução era provocada por grandes captações foram comprovadas pelo Comitê de Bacia do Corrente, que expediu deliberação para que o Inema revisasse as outorgas concedidas, realizasse o cadastramento das captações de água e não emitisse novas outorgas para grandes empreendimentos enquanto não fosse formulado o Plano de Bacia, mas as medidas não foram atendidas. O MP, então, convocou audiência pública para ouvir a população em julho de 2016, e expediu uma recomendação para que o Inema acatasse a deliberação do Comitê, mas mesmo assim novas outorgas foram expedidas.

Por este motivo, explica Luciana Khoury, foi apresentada ao Estado a proposta de TAC, que prevê uma série de obrigações, dentre as quais a conclusão dos estudos para elaboração do Plano de Bacia Hidrográfica para o Rio Corrente; que o Inema se abstenha de autorizar novas outorgas de direito de uso de água, sejam superficiais ou subterrâneas, até a aprovação pelo Comitê do Plano de Bacia; a suspensão das outorgas concedidas após a Deliberação nº 01/2015; a revisão das outorgas de direito de uso de água concedidas para grandes empreendimentos; a realização de um cadastramento para o uso dos recursos hídricos na Bacia do Rio Corrente e do Aquífero do Urucuia; e o monitoramento de vazões. “Essas serão medidas indispensáveis para o controle de gestão de águas, permitindo que as captações de água na Bacia pelo agronegócio não impactem os rios da região no seu equilíbrio ecossistêmico, bem como as comunidades tradicionais”, afirmou a promotora.