Deputado estadual Hilton Coelho foto ANDERSON DIAS SITE POLÍTICA IN ROSA

Deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) – Foto: Anderson Dias/Site Política In Rosa

Quem esteve visitando a Câmara Municipal de Feira de Santana (CMFS) nesta quinta-feira (26) foi o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL). Em entrevista ao site Política In Rosa, Hilton falou como o partido se posicionará nas eleições 2024 em Feira de Santana e Salvador.

Sobre Feira, o deputado disse que a cidade é também uma das prioridades da legenda e todos da direção estadual tem consciência de que Jhonatas Monteiro tem feito um mandato espetacular. “Nós percebemos que é um mandato de vereador que ocupa inclusive pautas nacionais e consegue evidenciar o nome e a cidade de Feira de Santana. É um orgulho muito grande para a gente. E a perspectiva de manter a nossa bancada aqui é muito importante”, disse.

Hilton garantiu que o PSOL vai ter candidato ou candidata a Prefeitura de Feira de Santana e que o partido já está discutindo isso. “Nossa militância já está mobilizada para fazer esse debate e onde o companheiro Jhonatas vai ajudar mais nesse processo eleitoral. Sabemos que a contribuição dele sempre vai ser central, mas existem grandes objetivos. Um deles é ter uma intervenção que marque do ponto de vista do executivo, de ter uma candidatura a prefeito que realmente marque a cidade mais uma vez. Se nós vamos vencer ou não, é uma outra questão, mas que tem uma afirmação programática muito significativa. E ao mesmo tempo fazer uma bancada de vereadores aqui em Feira de Santana”, afirmou.

Jhonatas prefeito ou vereador

Questionado sobre se já estava decidido se Jhonatas seria candidato a reeleição como vereador ou o candidato a prefeito pela legenda em 2024, Hilton assegurou que neste momento ele está em dúvida. “Nós precisamos, de fato, de uma bancada forte e dar continuidade a essa tradição que nós começamos aqui. Jhonatas foi o candidato a vereador mais votado da história de Feira e, ao mesmo tempo, fez um mandato que esteve à altura dessa marca histórica”, diz.

Para ele, mexe com o coração que o companheiro Jhonatas não esteja na Câmara de Vereadores e não esteja liderando uma bancada. “Por outro lado, nós precisamos de quadros experientes para que possa representar bem no Executivo. Acho que Jhonatas cabe para as duas coisas e a vamos amadurecer essa ideia de fato. Confesso para você que ainda não tenho uma opinião formada, mas a minha dúvida é sempre afirmativa”, declarou.

Salvador

Já sobre Salvador, Hilton Coelho disse que muitos militantes vêm levantando a possibilidade de ser ele mesmo o candidato a prefeito. “Temos também a companheira Tâmara Azevedo, Hamilton Assis, Marcos Mendes e Kleber Rosa. Mas ainda estamos em discussão. No conjunto dos municípios, o centro da organização do PSOL é do debate programático, que não vai poder demorar muito e precisamos afinar. Tal qual como Feira de Santana, temos uma leitura da cidade, um conjunto de posições, mas isso precisa de uma atualização, principalmente fazer uma contextualização das cidades tão importantes no contexto estadual e federal também. Nós vamos fazer essa atualização programática e logo depois a militância vai se perguntar qual o nome que será melhor simbolicamente, pois nós temos nomes muito bons”, disse.

Candidatos próprios do partido

Sobre se o PSOL vai ter candidatura própria para prefeito tanto em Salvador como Feira de Santana e se existe a possibilidade de apoiar algum candidato de outra sigla, Hilton Coelho disse que o partido está querendo apoios. E, conforme o deputado, não é um exercício de arrogância, de autoproclamação. “É um entendimento que o PSOL tem o perfil programático, tem personalidade própria e a população precisa da luta política da legenda nesses municípios”.

Na opinião de Hilton, o PSOL não pode, simplesmente, apoiar uma candidatura no campo da esquerda que esteja alinhada ao Governo do Estado e que evite que eles façam qualquer crítica sobre a importância da Uefs para o mundo, por exemplo, pela produção que tem hoje, pois é uma referência internacional.

“Diversos aspectos da pesquisa e da extensão e, obviamente, a importância que se tem para o município de Feira de Santana. Como é que nós vamos ter um prefeito que paute a necessidade de fazer com que a pesquisa da Uefs, que é tão bem fundamentada e plural, ajude o poder público de Feira de Santana sem fazer uma crítica ao processo de redução orçamentária que é implementada pelo Governo do Estado? O PSOL precisa de autonomia e a nossa perspectiva em qualquer município é da unificação da chamada esquerda revolucionária socialista”, finalizou.