:: ‘cirurgias ortopédicas’
Prefeitura de Teixeira de Freitas descumpre contrato para cirurgias ortopédicas e provoca desassistência, afirma Sesab

Foto: Leonardo Rattes/Saúde GovBA
A Prefeitura de Teixeira de Freitas tem descumprido o contrato assinado com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) para a realização de cirurgias ortopédicas, especialmente, as pediátricas. Segundo o contrato, que prevê o repasse superior a R$ 1,56 milhão, a Prefeitura deve garantir atendimento de fraturas expostas e plantonistas 24 horas, sete dias por semana. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (24) pela secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, durante uma visita ao município de Teixeira de Freitas.
“Se não forem cumprir com suas obrigações, digam claramente e acionaremos os órgãos de controle para que cumpram com suas responsabilidades. O Sistema Único de Saúde (SUS) tem uma governança clara e não pode descumprir unilateralmente o que foi pactuado. E não me refiro apenas à questão da ortopedia pediátrica. Caso, hoje, uma criança precise de uma cirurgia para retirada de vesícula, o Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, que continua sendo referência para os casos de pediatria, tem que atender, mas o que foi acordado e pactuado perante todos os 21 municípios da região, não tem acontecido,” afirma a secretária Roberta Santana.
O contrato estipula que a Prefeitura de Teixeira de Freitas deve realizar procedimentos como correção cirúrgica de fratura exposta de membros e garantir a disponibilidade de plantonistas ortopédicos. Além disso, a unidade é responsável por internações clínicas, incluindo UTI, e cirúrgicas em diversas especialidades. A Sesab ainda tem contrato com o município para neurocirurgia e exames radiológicos, contemplando recursos superiores a R$ 2,7 milhões. :: LEIA MAIS »
Previsão para retorno da realização de cirurgias ortopédicas em Feira de Santana depende de contrapartida do Estado

Foto: Divulgação / CMFS
A previsão para o retorno da realização de cirurgias ortopédicas pelo município, segundo o secretário de Saúde, Marcelo Brito, está dependendo da contrapartida do Governo do Estado para destinar verba para tal fim. A informação foi obtida pela Comissão de Saúde, Assistência Social e Desporto da Câmara Municipal de Feira de Santana durante reunião com o secretário ocorrida na quarta (30/03).
“Pontuamos que é necessário que Feira realize essas cirurgias novamente, devido à grande demanda da população, e o secretário nos disse que está mantendo contato com o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas. Ele ficou de dar uma previsão sobre quando destinará a verba para pagamento dos médicos, pois o município cederá, como contrapartida, a estrutura física para realização das cirurgias”, explica o vereador Emerson Minho, presidente da Comissão. :: LEIA MAIS »
“Se o paciente não tiver dinheiro para pagar, não faz cirurgia”, acusa vereador
O vereador e líder do Governo, Lulinha (DEM), em seu discurso na manhã desta quarta-feira (14) na Câmara Municipal de Feira de Santana, ressaltou a dificuldade de realizar cirurgias ortopédicas em Feira. “Se o paciente não tiver dinheiro para pagar, não faz a cirurgia. É a área mais carente da nossa cidade e o Estado deveria investir. Têm pacientes que passam mais de cinco meses à espera de uma cirurgia e não conseguem regulação para o Hospital Clériston Andrade (HGCA). O Governo precisa investir mais nesta especialidade, precisa contratar médicos, instalar mais leitos ou até fazer convênios com clinicas ortopédicas particulares”, disse.
O edil ainda informou que será realizado um mutirão de especialidade pelo Município, e sugeriu que o Estado realizasse uma ação semelhante. “O Estado poderia fazer um mutirão de cirurgias ortopédicas dentro do HGCA. Os vereadores são muito cobrados pela dificuldade desse procedimento. Estamos acompanhando o sofrimento das pessoas”, finalizou.
Deputado acusa Município de Feira de não fazer quase duas mil cirurgias ortopédicas
O deputado estadual Zé Neto (PT) entrou com uma representação no Ministério Público do Estado da Bahia pedindo a abertura de um inquérito para apurar possíveis irregularidades e improbidades da gestão municipal sobre quase duas mil cirurgias que deixaram de ser feitas no ano de 2016 em comparação com o ano de 2010.
Segundo o deputado, a não realização dessas cirurgias acabaram superlotando o Hospital Geral Clériston Andrade e a UPA que fica ao seu lado. O deputado quer ainda que o Município seja obrigado a cumprir o seu papel na saúde, voltando a fazer as cirurgias ortopédicas de forma regular.