:: ‘Notícias Política de Feira de Santana’

O vereador Gilmar Amorim (PSDC), em seu discurso na Câmara Municipal de Feira de Santana, reclamou do insuportável mau cheiro e mosquitos que estavam no cemitério São Jorge.  Segundo o vereador ele constatou a situação ao participar de um sepultamento no local. “Nem a família ficou próximo para acompanhar o sepultamento. Não é a primeira vez que vejo isso acontecer. Já é o terceiro sepultamento que vou no cemitério São Jorge e vejo essa situação”, afirmou.

Gilmar acha que não é uma boa a vedação dos túmulos e pediu providências a entidade que cuida do cemitério, a Associação Feirense de Assistência Social  (AFAS). “As pessoas já passam pela dor da perda de um familiar e ainda tem que passar por isso”, completou.

Aproveitando o discurso do vereador Gilmar Amorim (PSDC), o vereador Roberto Tourinho (PV), presidente da Comissão de Meio Ambiente na Câmara Municipal de Feira de Santana, começou a fazer oposição ao Governo Municipal. Tourinho pediu ao colega que ele marcasse um dia para que se fizesse uma visita ao cemitério São Jorge. Gilmar disse que existe um mau cheiro grande e muitos mosquitos no local.

“Vamos ir até o local porque não podemos permitir que fique lá a mesma fedentina que aconteceu nesta Casa no ano passado quando um terreno foi doado a AFAS no ano passado. Estão falando da fedentina dos mortos, imaginem quando chegar nos vivos”, disse o vereador, referindo-se a um terreno doado pela Prefeitura Municipal a AFAS através de projeto de lei aprovado na Câmara, terreno esse que está sendo vendido.

O vereador garantiu que o assunto seria discutido pela Comissão de Meio Ambiente. “Na época não era vereador e por isso vamos buscar obter essas informações”, completou.

O vereador Alberto Nery (PT) negou que seja “oposição meia boca” como, segundo ele, disse uma radialista da cidade de Feira de Santana em seu programa. O edil não citou o nome do radialista. Nery disse ter lutado muito para que o candidato do prefeito José Ronaldo, o vereador José Carneiro (PSDB), ganhasse, mas que não havendo bate-chapa não votaria contra ele, que é seu amigo. “O povo elegeu 18 vereadores para ser Governo e três para ser oposição. Um da oposição resolveu debandar, mas somos verdadeiramente a oposição que representa o povo de Feira de Santana”, destacou. Nery explicou ainda que votou em José Carneiro (PSDB) para presidente da Casa por falta de opção.

A vereadora Cíntia Machado (PMB) falou sobre sua ausência na sessão que elegeu o vereador José Carneiro (PSDB) como presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana. “Algumas pessoas disseram que estavam assustadas com o meu silêncio e eu as disse que isso se chama maturidade por estar há 12 anos nesta Casa. Nestes dias pude perceber o quanto sou articuladora e por isso incomodei muito”, disse.

Cíntia disse que no dia do enterro do ex-presidente Ronny (PHS) recebeu uma ligação do prefeito José Ronaldo pedindo que ela aguardasse para que pudesse tomar uma decisão na hora da escolha do novo presidente. O mesmo ela disse que ouviu do vereador licenciado Justiniano França, mas ambos não a procuraram.

“Nunca me pediram voto para José Carneiro, a quem parabenizo e desejo sorte”, disse. Ela explicou que não esteve na Casa porque Justiniano França voltaria a Casa, inclusive com uma liminar. Admitiu ainda que após a morte do seu pai, o seu tio, o deputado estadual Targino Machado, ficou em seu lugar e que ela não tomaria nenhuma decisão sem ele. “Respeito o prefeito José Ronaldo, mas respeito muito mais meu tio que é mais do que um líder político, é meu tio”, completou.

Cíntia destacou que deu a sua palavra de que votaria no vereador Tom (PEN) e mesmo com todas as pressões não voltaria atrás. “O vereador José Carneiro agradeceu ao prefeito José Ronaldo em seu discurso de vitória e deve mesmo pois foi graças a ele que se elegeu presidente”, finalizou.

Se dirigindo especial a imprensa feirense, o vereador Roberto Tourinho (PV) explicou sobre o seu posicionamento em relação ao Governo Municipal. Segundo Tourinho, ele chegou a Casa na condição de vereador integrante do grupo do prefeito José Ronaldo. Para ele ser oposição não altera nada em sua vida e voltou a lembrar que os poucos cargos que tinham já foram entregues.

Tourinho disse que não está conversando e nem em leilão. “Já deixei clara a minha insatisfação. Não estou preocupado com nenhum desgaste de ordem política. Sei ser Governo e sei ser oposição com muita tranqüilidade. Eu não sou morno, não sei ser meio termo. Não tenho apego a indicações no Governo, não é isso que pauta o meu mandato”, afirmou.

O vereador João Bililiu (PPS) em seu discurso no grande expediente na Câmara Municipal de Feira de Santana, parabenizou o colega Roberto Tourinho (PV) por se posicionar a favor da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e garantiu que destinará parte da verba de subvenção à entidade.

“Parabéns Tourinho por se posicionar em prol da APAE, que tem feito um bom trabalho em Feira de Santana. Na qualidade de vereador de primeiro mandato e de família pobre, sei da dificuldade de ter na família um membro com deficiência. Pode contar comigo para destinar parte da verba de subvenção a essa Associação”, garantiu Bililiu.

O edil lembrou que já tem compromisso de destinar a verba de subvenção ao Dispensário Santana, por isso irá dividir a verba para as duas entidades. “Fico feliz em ver esta Casa contribuindo com o social de relevância. A verba de subvenção que me cabe será dividida também entre a APAE e o Dispensário Santana. Parabéns a todos da direção da APAE”, parabenizou.

Em aparte, o vereador Roberto Tourinho convidou os colegas a participarem da inauguração do Núcleo Especializado para Pessoa com Espectro Autismo, no próximo dia 25, às 8 horas, na Rua Paulo Afonso, nº 662, bairro Jardim Cruzeiro. “Em nome da diretoria da Apae, gostaria de ratificar o convite a todos os colegas vereadores”, convidou. Bililiu completou garantindo sua presença no evento.

Voltou a pauta o projeto de lei de nº 99/2017 de autoria da vereadora Eremita Mota (PSDB) que dispõe sobre o acesso a informações em prédios públicos municipais e espaços de lazer através da tecnologia da informação e comunicação. A proposta da vereadora pede que seja disponibilizado em local de fácil acesso o código de barras bidimensional, conhecidos como QR (“Quick Response” ou em português “Resposta Rápida”), constando informações específicas pertinentes ao patrimônio e que são de interesse público. O projeto foi aprovado por unanimidade.

Na votação da proposta, a autoria destacou que esse é um projeto tecnológico e os prédios municipais não poderiam ficar de fora por não termos informações nesses espaços disponibilizadas para o público. “Alguém ficaria responsável em produzir esse conteúdo. É um projeto fácil e simples. Ele é mais uma colaboração para o avanço da tecnologia em nossa cidade”, explicou.

Criticando a segurança pública na cidade de Feira de Santana, o vereador Tom (PEN) lamentou o que ele chamou de tragédia que aconteceu no campo de futebol no Beira Riacho, bairro da Rua Nova. Durante um jogo de futebol um bandido matou um rapaz e feriu outros dois.“Sabemos que existe uma guerra entre facções. Pedi que o campeonato fosse suspenso aos responsáveis. Vi o sofrimento do povo após essa tragédia no único lazer do bairro”, disse.

Tom ainda pediu a reforma do campo de futebol em que já há uma verba enviada pelo deputado estadual Targino Machado para a realização da obra. “A Rua Nova está de luto e triste pelas pessoas que foram alvejadas sem nem ter nada a ver com a situação”, lamentou.

Na opinião do vereador, nada está sendo feito pelo Governo do Estado para mudar a situação da segurança pública na cidade. “O crime está dominando a cidade e nao vejo o secretário de Segurança Pública do Estado, Maurício Barbosa e nem o governador Rui Costa fazer nada”, finalizou.

O vereador Roberto Tourinho (PV) desejou ao colega votos de sucesso e que Deus o iluminasse em sua trajetória. Ele ainda agradeceu aos seus colegas as boas palavras dirigidas a ele e destacou que os últimos dias serviram para que ele convivesse mais de peto com os seus companheiros.

Por ter participado de várias eleições na Câmara Municipal de Feira de Santana ele disse que sabe como o processo acontece e esse deixou nele cicatrizes. Na última sexta-feira (18), Tourinho deu entrada em um ofício protocolado na Prefeitura Municipal pedindo ao prefeito José Ronaldo e exonerasse “os poucos cargos que tem em seu Governo”. “O deixei a vontade para fazer o que quisesse”, completou.

Falando em parábolas, Tourinho recitou versículos bíblicos. “A que lhe for dado mais, mais lhe será cobrado. A quem lhe será dado menos, menos lhe será cobrado. Quem tiver ouvidos para ouvir que ouça: não me cobrem nada”, afirmou.

Tourinho ainda lembrou que tem sete mandatos e que não os conseguiu por causa do deputado A ou B ou pelo prefeito A ou pelo prefeito B. “Sou vereador em Feira de Santana por meus amigos e aqueles que conhecem a minha história confiando em mim ao longo dos anos. Não vendo a minha alma. Não delego poderes para o exercício do meu mandato.

Utilizando a tribuna da Casa, o novo presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, o vereador José Carneiro (PSDB), agradeceu a duas pessoas em especial, o vereador Marcos Lima (PRP) por ter desistido de sua candidatura para apoiá-lo e ao vereador Justiniano França (DEM), que pediu exoneração para ajudá-lo. Zé negou que a exoneração de Justiniano tenha sido uma manobra já que isso é normal, citando o governador Rui Costa que também liberou alguns deputados para votar na admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer. “Não tenham dúvida da minha gratidão e lealdade a nossa candidatura por parte do vereador Justiniano França”, afirmou.

Ele disse aos vereadores que se abstiveram que não haveria magoa ou discriminação por causa disse, destacando que precisaria da ajuda deles. “Todos tem condição para assumir esta Casa. Preciso da ajuda de cada um dos colegas para que possamos resgatar a confiança nesta Casa, aliás, político no Brasil é um produto deteriorado diante de tantas denúncias. Às vezes nos sentimos até ofendidos com a falta de credibilidade por parte desta categoria”, disse.

A vereadora Eremita Mota (PSDB), que se absteve na votação de presidente, começou o seu discurso com a definição de caráter. Ela admitiu que desde que o vereador Roberto Tourinho (PV) retornou a Casa demonstrou a sua vontade de que ele presidisse o Legislativo feirense. Na eleição em que Ronny (PHS) ganhou foi cogitado o nome de Tourinho para ser presidente.

A vereadora disse ainda a Casa poderia demonstrar a sociedade feirense a quem deve satisfação, lisura, transparência e verdadeira independência entre os poderes Executivo e Legislativo, principalmente neste momento turbulento que passa a política brasileira, evitar colocar presidente alguém que será “tão somente presidente do Poder Executivo”. “É o que está acontecendo de maneira clara e do conhecimento de todos os feirenses. Não podemos esconder isso. Fazemos parte de uma sociedade inteligente.

Eremita revelou ainda que não tem nada contra o presidente eleito José Carneiro (PSDB), mas que não compactuaria com o processo como ele foi feito. Ela espera que Carneiro administre igualmente para todos os vereadores.

O vereador Zé Filé (PROS) destacou que em todo o processo eleitoral na Câmara de Feira de Santana quem saiu fraco foi o prefeito José Ronaldo de Carvalho que comanda 19 vereadores e permitiu uma articulação entre eles com um possível bate-chapa. “Isso é fraqueza. Isso serviu para fortalecer o grupo da oposição já que o seu reinado está em baixa”, afirmou.

Zé ainda criticou o fato de o prefeito se envolver no processo após aparecer o nome de Tom e Roberto Tourinho (PV), nomes esses que não lhe agradavam, “entrando de sola”. “E acabou deixando muitos feridos e magoados. Não tem como alguém permanecer e defender uma pessoa que não o defendeu no momento em que mais precisou. Com 19 vereadores ele deveria ao menos permanecer imparcial”, ressaltou.

Para o oposicionista quem saiu ganhando com tudo foi o povo feirense que terá dez vereadores que pensarão duas vezes antes de favorecer o prefeito.

O vereador Tom (PEN) revelou todo o processo eleitoral da Câmara Municipal de Feira de Santana. Segundo o vereador, em uma reunião levantou-se a sua candidatura e a do presidente eleito José Carneiro (PSDB). Logo após Tom disse que em um almoço ficou decidido pelo seu nome e José Carneiro disse que ouviria o prefeito José Ronaldo, que seria ele que decidiria. “Sai pedindo votos aos meus colegas. Tentei falar incansavelmente com o prefeito e ele não me atendeu”, afirmou.

Tom destacou ainda que se esforçou o máximo possível para agrupar os seus amigos. “Esta luta é muita árdua. É uma força maior contra uma pequena. Não tem como chegar. Essa força nos parou. Mas vou continuar lutando. Eu agradeço ainda aquele grupo que resistiu ao poder”, agradeceu. Tom queria que o Poder Legislativo fosse independente e por isso declinou a presidência em nome do seu colega, o vereador Roberto Tourinho (PV).

Ele ainda se colocou a disposição do novo presidente, ressaltando que estará ao seu lado para o que fosse preciso, pronto para ajudá-lo. “Minha tristeza é como se deu o processo por que não tive a oportunidade de falar com quem é de direito. Fui vetado. Vereador Tom foi vetado”, lamentou.

Após a declaração pelo vice-presidente e presidente em exercício, vereador Tom (PEN) de vacância do cargo de presidente aconteceram as eleições para presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana. Foi apresentado pelo vereador Cadmiel Pereira (PSC) o nome do líder do Governo, vereador José Carneiro (PSDB) para assumir o cargo de presidente.

Carneiro foi eleito presidente. Os vereadores Roberto Tourinho (PV), Tom (PEN) e Eremita Mota (PSDB) se abstiveram da votação. Como foi dito anteriormente a vereadora Cíntia Machado (PMB) estava ausente.