Presidente da Câmara de Feira de Santana faz balanço das ações de 2024

Vereadora Eremita Mota (PP) – Foto: Anderson Dias/Site Política In Rosa
A presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, vereadora Eremita Mota (PP), em entrevista ao site Política In Rosa, fez um balanço sobre suas ações a frente do Legislativo feirense no ano de 2024.
“Estou na Casa há 20 anos e nunca se viu o que fizemos, que foi uma reforma esplêndida aqui na Casa. A reforma foi para dar um conforto melhor para os vereadores, funcionários, assessores e a população. A reforma da Casa, a reforma do prédio anexo que ainda estamos em fase final, mas se chegarem lá nem conhecem mais em comparação ao que estava. Tantas coisas que nós fizemos para credenciar um mandato do vereador com mais autonomia. A Câmara de Feira foi a que mais reelegeu vereadores e isso é um resultado de uma presidência que valorizou os edis. Dando a cada vereador um carro para dar uma sustentação no seu mandato e varias outras coisas para dar autonomia ao vereador. Deixamos o vereador com mais autenticidade na questão de votar os seus projetos e dentre outras ações. Foram tantas coisas que fizemos que fico admirada de mim mesma”, afirmou.
Perguntada sobre o que poderia fazer e não conseguiu fazer em sua gestão, Eremita Mota destacou que uma das coisas que não fez porque não deu devido ao Orçamento foi a questão dos Congressos para os vereadores. “Isso enriquece muito o vereador. O vereador quando vai para um Congresso volta enriquecido de ideias para a Câmara. Se eu fosse continuar ou qualquer um que ganhar a presidência, vou dar essa ideia de retornar os Congressos se tiver recurso. Temos que aumentar a questão da segurança aqui, fazer um policiamento próprio do Legislativo. Deixar que a Casa tenha a sua segurança própria é também uma vontade minha”, disse.
Primeira mulher presidente da Câmara
Primeira mulher a presidir o Legislativo feirense, Eremita Mota afirmou que ser a primeira mulher a presidir a Casa foi um desafio muito grande. “Espero que tenha outras mulheres também a participar de um pleito, principalmente na política. Fiquei muito alegre. Faço as coisas com muito entusiasmo e com muita decência. Mas uma coisa que me deixou triste foi a reação de alguns vereadores da Casa, pois parece que houve um arrependimento logo depois que eu ganhei em dizer: ‘poxa, nós estamos com uma mulher presidente? Pera aí. Bora dá um freio nisso.’ E esse freio foi me prejudicando, me xingando, me maltratando e que, graças a minha natureza de sempre vencer o medo, tenho vencido isso. Tem um preço que a gente carrega que, toda vez que vencemos esse medo e que enfrentamos, há um risco também de ser prejudicada. Até porque eu sou mulher, mãe. Isso abala a gente. Isso que me deixou triste: a não satisfação de alguns por ter uma mulher, a falta de respeito também”, relatou.
E continuou: “Precisamos mudar muito a mentalidade das mulheres, pedir a muitas mulheres que são machistas, por favor, que mudem. Tem muitas mulheres que são machistas. Existem grupos isolados de mulheres tratando do respeito as mulheres, mas na hora de agir não age. Eu mesmo fiquei aqui sozinha quase que todo tempo. Sem ninguém para levantar pra dizer que estava defendendo. Alguns vereadores homens foi que vieram algumas vezes me defender, mas de uma maneira muito esporádica”, revelou.
Futuro político
Questionada se pretende ser, futuramente, candidata a deputada estadual, a vereadora Eremita Mota informou que politica não se faz sozinha. “Se eu fosse fazer política sozinha, já tinha sido candidata a deputada há muito tempo. Então, eu crio uma expectativa, mas espero estar inserida em alguns projetos de outros que tem interesse em mim. É como você tivesse com uma empresa e tivesse com funcionários bons. Você vai pegar aqueles dois funcionários e dizer: eu tenho interesse nesses dois funcionários porque, realmente, fazem a diferença. Então, se eu for essa pessoa, alguém vai me chamar e vai poder me dar um suporte. Sem o suporte, eu tenho a consciência de que a política a gente nada e morre na praia”, finalizou.