Vereadora Neinha Bastos

Vereadora Neinha Bastos (DEM)

A vereadora Neinha (DEM) em discurso na sessão desta segunda-feira (24), na Câmara Municipal de Feira de Santana, afirmou que as mulheres residentes no município de Feira de Santana não tem prioridade, por parte do Governo do Estado, para fazer cirurgias eletivas (sem caráter de urgência, agendadas e atendidas em nível ambulatorial). “Eu tenho certeza que as mulheres de Feira de Santana, lavradoras, da roça, estão sofrendo com isso. Onde elas estão fazendo cirurgias de hérnia, mioma, histerectomia, vesícula?” questiona a vereadora, que é assistente social por formação.

Segundo Neinha, existe uma “fila única para cirurgias eletivas em Salvador”, mas o mesmo não ocorre no município feirense. “Vocês sabem quantas mulheres nós temos em Feira de Santana hoje, necessitando fazer uma cirurgia? Essa é a pergunta. Ninguém sabe, ninguém viu”.

Ela diz ainda que não basta fazer movimento contra violência à mulher (referindo-se a campanha lançada pela Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres). “A falta de atendimento médico também é uma violência. Quando uma mulher pena sem realizar uma histerectomia ou de retirada de um mioma, por exemplo, é uma violência”.

Neinha critica o Governo do Estado. “Precisa entender que Feira de Santana não é um puleiro, não é uma cidade de 8 mil habitantes; é a segunda maior da Bahia e as mulheres feirenses clamam por atendimento, porque ficam sem resposta, na fila, sangrando, sem saber onde, quando e como será realizada a cirurgia”.

Apelo ao prefeito

Ela também apelou ao prefeito Colbert Martins Filho. “Quero pedir ao nosso prefeito que, pelo amor de Deus, nos ajude. Precisamos disso para ontem. Se uma mulher, hoje, precisar de uma cirurgia de varizes, por exemplo, o Clériston Andrade faz? Quero saber.  Vamos nessa, mulher, lutar por um direito que é nosso”.

Comissão deve ir ao HGCA

A Comissão de Saúde da Câmara Municipal deve ir até o diretor do Hospital Geral Clériston Andrade “para saber como anda a realização de cirurgias eletivas no município”, sugere o vereador Lulinha (DEM). Segundo ele, o HGCA era o responsável “mas todas (as cirurgias) foram canceladas, as pessoas perderam (a validade) dos exames que já fizeram e precisam fazer tudo de novo”.

Hospital da Mulher

A edil Gerusa Sampaio (DEM) também pediu um aparte e informou que cerca de R$ 80 mil estavam destinados para a compra de aparelho a ser instalado no Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher) para realização de histerectomia. No entanto, por conta da Covid-19, as verbas foram utilizadas para outros fins. Ela garante que o Hospital da Mulher, pertencente à Prefeitura, está se organizando “para ofertar esse serviço em breve, porque não é justo que as mulheres se desloquem daqui para Salvador em busca desse atendimento”. (Ascom)