:: ‘ressocialização’
Estudantes criam cimento sustentável e ajudam na ressocialização de presos na Bahia

Foto: Divulgação/Ascom-SEC
Estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep) do Sisal, em Serrinha, a 182 km de Salvador, transformaram sua pesquisa em uma ação social e educativa que ultrapassa os muros da escola. O projeto “Biocimento: blocos de papel e fibra de coco para pavimentação intertravada de calçadas” se tornou uma atividade de ressocialização para internos do Conjunto Penal de Serrinha, sendo o primeiro da rede estadual a unir tecnologia, sustentabilidade e inclusão social. A primeira experiência está prevista para setembro deste ano.
O projeto é desenvolvido pelos estudantes Guilherme Chagas Paiva, Felipe Macedo Oliveira, Thiago Santos Ferreira e Maria Eduarda Costa Meireles, com a orientação do professor Thales Lima do Nascimento.
O trabalho nasceu com a missão de reduzir o impacto ambiental da construção civil. Inicialmente, os estudantes desenvolveram blocos de concreto sustentáveis, feitos apenas com papel triturado, fibra de coco e cimento. Com o produto pronto, iniciaram a ação de construir calçadas gratuitas para famílias em situação de vulnerabilidade nos arredores da escola, transformando o projeto em uma ferramenta de solidariedade.
O sucesso da iniciativa chamou a atenção do diretor do conjunto penal, Pedro Aníbal, que enxergou nela uma oportunidade de ressocialização e inclusão social. A parceria, formalizada em julho de 2025, permitirá que internos participem da produção dos blocos, adquirindo conhecimento técnico, experiência prática e habilidades que podem favorecer sua reinserção no mercado de trabalho. :: LEIA MAIS »
Conjunto penal utiliza capoeira para ressocialização

Foto: Elói Corrêa
A capoeira e a música têm mudado a realidade de 40 internos do Conjunto Penal de Lauro de Freitas (CPLF), na Região Metropolitana de Salvador (RMS). As atividades foram idealizadas pela equipe de Pedagogia e Psicologia da unidade, com objetivo de criar oportunidades de cultura e lazer como ferramentas de ressocialização, diminuindo o tempo ocioso e melhorando o comportamento dos detentos.
“São atividades que desenvolvem a relação dos internos com nossos funcionários da área psicossocial, ajudando no processo de recuperação e criando possibilidades de mudança de vida para quando concluírem suas penas. Alguns que hoje estão aqui privados de liberdade foram, em outro momento, mestres de capoeira, músicos e tantas outras coisas, e a gente tenta aproveitar esses conhecimentos para que eles possam ser agentes multiplicadores e passar o que sabem adiante”, afirma o diretor do CPLF, Arquimedes Benício.
Para a psicóloga Carolina Moitinho, a aproximação com a cultura, esporte e lazer são estratégias poderosas no processo de ressocialização. “São formas de entender melhor o processo de cada um e de buscar a identidade que eles perdem depois do encarceramento. Além disso, ajudam bastante no alívio da ansiedade e depressão e auxiliam no desenvolvimento de objetivos de vida”, explica. :: LEIA MAIS »