Vereadores criticam ausência do secretário de Cultura em sessão sobre os 30 anos da Marcha para Jesus

Foto: Divulgação/CMFS

A ausência do secretário Cristiano Lobo, de Cultura, Esporte e Lazer do Município, ou de um representante da pasta, na sessão solene realizada na quarta-feira (11) pela Câmara, para celebrar a 30ª Marcha para Jesus, prevista para 9 de agosto, motivou críticas por parte de vários vereadores. Na sessão desta quinta-feira (12), o autor do requerimento propondo a sessão solene, Jorge Oliveira (PRD), esperava, portanto, a presença do secretário ou alguém que o representasse, “mas não veio ninguém e ficamos tristes por se tratar de uma festa também cultural”. O evento faz parte do calendário oficial do Município e é considerado patrimônio imaterial e cultural de Feira de Santana.

O parlamentar disse que a presença do secretário seria importante, pois “queríamos mostrar quem nós somos e o que queremos realizar nesta cidade”. Em concordância com o colega, vereador Pastor Valdemir (PP) também lamentou a ausência do secretário. “Infelizmente isso é o retrato sobre como as autoridades dessa pasta ainda não entendem a importância da Marcha para Jesus para o Município”, reforçou.

Em sua opinião, o fato de a contratação das atrações para o evento passa pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer “é um dos motivos que justificariam a presença de um representante da pasta prestigiando a sessão solene de ontem”. Ele cobrou das autoridades políticas que “enxerguem os evangélicos e a Marcha para Jesus como merecem”.

Ismael Bastos (PL) parabenizou o vereador Jorge Oliveira pela organização da sessão solene e todos os colegas edis que estiveram presentes. Fazendo coro com os colegas, criticou o secretário de Cultura: “Realmente é lamentável a ausência da secretaria numa sessão voltada para um evento que é organizado por ela. Se fosse uma sessão sobre a Micareta, talvez (ele) tivesse vindo aqui”. Lembrou o parlamentar, ainda, que o senso do IBGE 2022 indicou que 31,6% da população de Feira é Evangélica, comunidade que “garantiu a vitória na eleição do prefeito José Ronaldo”, e que hoje essa porcentagem já chega a 35%.

O vereador Eli Ribeiro (Republicanos), também evangélico e apoiador da Marcha para Jesus, concordou com a fala do colega dizendo que as últimas duas eleições tiveram uma definição por causa da quantidade de evangélicos que existem na cidade. “Então, é bom que o poder público olhe o evento de uma forma diferente, até porque não há placa no céu para religião A, B ou C. Acredito que a gente precisa ser respeitado e valorizado”, pontuou.

Mais um vereador evangélico, Edvaldo Lima (União Brasil) parabenizou o vereador Jorge Oliveira (PRD) por ter proposto o requerimento solicitando a realização da sessão, e afirmou que “ontem aconteceu uma grande homenagem”, ao cobrar a presença do secretário. Também estiveram presentes na sessão solene os vereadores Marcos Lima (União Brasil) – presidente da Câmara, Silvio Dias (PT) e Pedro Américo (Cidadania). (CMFS)