:: ‘projetos culturais’
Governo do Estado destina R$15 milhões para apoiar 112 projetos culturais

Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
Uma das maiores políticas de Estado voltadas à valorização e preservação dos blocos afros, de samba, afoxés e blocos indígenas no Carnaval de Salvador, o programa Ouro Negro 2025 foi anunciado nesta segunda-feira (20), em meio às apresentações da banda Didá e Aspiral do Reggae, na praça Tereza Batista, no Pelourinho, em Salvador. Promovida pelo Governo do Estado por meio das Secretarias de Cultura (Secult) e de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), a política estadual destinará este ano R$ 15 milhões para apoiar 112 projetos culturais que tenham como foco a preservação da cultura negra na diáspora.
À frente do terreiro Ilê Axé Ojú Onirê, de Santo Amaro, o babalorixá Pai Pote teve sua participação contemplada pelo primeiro ano na Lavagem de Santo Amaro. A cidade participa pelo segundo ano consecutivo do edital Ouro Negro. “Valoriza não só o terreiro, como todas as entidades. Tudo sai do terreiro: a capoeira, a samba de ronda, o maculelê. E agora a gente vai poder sair com as baianas para a lavagem, com sua alimentação, com um som de qualidade, sem pedir nada a ninguém. Isso é uma reparação para a população negra”, destacou.
Os projetos têm como protagonistas 98 entidades contempladas — 38 blocos de samba, 35 afros, 18 afoxés e dois blocos indígenas. Estão na relação o Afoxé Filhos de Gandhy, o Bloco Olodum, o Bloco Ilê Aiyê, o Bloco Afro Malê Debalê e o Bloco Afro Didá.
Em 2025, as pastas também ampliaram a faixa de apoio para as agremiações de matrizes africanas na Lavagem do Bonfim, em Salvador, e na Micareta de Feira de Santana. Na Lavagem do Bonfim, realizada na última quinta-feira (16), foram aportados R$ 520 mil. :: LEIA MAIS »
Ilhéus inicia dia 19 debates sobre projetos culturais
A Secretaria da Cultura de Ilhéus inicia nesta segunda-feira (19), uma série de questionamentos para colocar em pauta discussões sobre as ações culturais que serão apresentados pela atual gestão. Denominado de ‘Rodas de Conversa’, o encontro conta com a participação da população e de diversos segmentos envolvidos com atividades culturais do município. A partir das 16 horas, no auditório Sosígenes Costa, situado na Rua Jorge Amado, 21, serão debatidos o Projeto Maio, Mês da Dança, e às 18, o Festival de Quadrilhas Juninas.
De acordo com o cronograma do projeto ‘Rodas de Conversa’, no dia 20, a partir das 18 horas, os trabalhos serão retomados para discutir a formatação do Projeto Seis e Meia; e no dia 21, também às 18 horas, os questionamentos serão em torno da realização da Semana Jorge Amado. Já nos dias 22, respectivamente às 16 e 18 horas, os debates serão sobre o Festival de Teatro Estudantil e o Programa Devir Negro.
Já no dia 23, a partir das 18 horas, os idealizadores do projeto ‘Rodas de Conversa’ voltam a se reunir para tratar sobre o calendário de capoeira; e dia 26, também às 18 horas, outra rodada de debates sobre as festas populares de Ilhéus sempre com a participação pública.
Pawlo Cidade, secretário de Cultura, informou que as indagações serão sobre o que são projetos estruturantes? como eles podem se tornar programas?, ao retomar edições anteriores corremos o risco de reproduzir os erros do passado?, como podemos melhorar as atividades culturais transformando-as em ações duradouras?, o que aprendemos com projetos temáticos? E qual o conceito que se tem de um projeto?
Secretário propõe criação e consolidação de projetos culturais
A execução de agenda de eventos para os próximos 16 anos através do Programa Cultura 500 é a proposta da Secretaria de Cultura de Ilhéus (Secult). Uma das sugestões é criar consórcios culturais com a participação de municípios do sul da Bahia que possuam tradição criativa nos campos da literatura, do cinema, da música, das artes populares, do desenho, da arte digital e da gastronomia com fins de preservação para incentivar o desenvolvimento socioeconômico; transformar a criatividade em produtos comercializáveis; firmar parcerias com a iniciativa pública e privada; além de realizar o inventário do patrimônio material e imaterial de Ilhéus e instituições e agentes culturais.
De acordo com o secretário de Cultura, Pawlo Cidade, a cultura é uma das áreas mais promissoras dos próximos 16 anos, sobretudo numa cidade que completa 500 anos de fundação em 2034. “Com o advento do sistema municipal de Cultura a possibilidade de parceria-público-privada, a transversalidade da cultura e o conjunto de negócios baseados no capital intelectual e cultural e na criatividade transformarão Ilhéus num dos municípios mais criativas da Bahia”, destacou.
Na opinião do secretário, o Programa Cultura 500 aponta questões e proposições sobre a importância simbólica, cidadã, econômica e estratégica da cultura, e sua capacidade de otimizar as engrenagens da economia no município. “Juntos, poder público, sociedade civil e comunidade cultural irão construir uma Ilhéus mais humana, mais territorial, mais criativa e mais solidária. Para isso, é preciso pensar a cultura para além da divisão geográfica, elaborar e propor iniciativas que fortaleçam o território e os municípios circunvizinhos”.
Metas – No bojo do novo plano de ação da Secult consta a realização de algumas metas, dentre elas a institucionalização da cultura (pró-fomento) que visa a execução de oficinas, mostra de arte, encontros, cursos e seminários; cultura inclusiva que aponta reformar a Casa de Cultura Jorge Amado, a criação de centros de cultura populares nas zonas rurais e regiões norte e oeste da cidade, programação cultural do Teatro Municipal estimulada, ônibus de cultura em funcionamento e a retomada do Projeto Seis Meia.
Constam ainda nas ações propostas o programa de empreendedorismo cultural que sugere a semana de aniversário do escritor Jorge Amado e os festivais de quadrilhas juninas, de corais, de gospel de música, de canção e de literatura. Já o programa de fortalecimento da história de Ilhéus (pró-memória) indica promover nos bairros, distritos e localidades rurais para explorar e valorizar sua história reconhecida; a efetivação do calendário cultural, turístico e religioso do município; além de implantar ações educativas de patrimônio para os espaços comunitários.