:: ‘Médicos’
Médicos da Maternidade José Maria de Magalhães fazem paralisação na próxima segunda (29)
Os médicos na Maternidade José Maria de Magalhães, no bairro Pau Miúdo, em Salvador, fazem paralisação de 24 horas, na próxima segunda. Os profissionais protestam contra o atraso dos salários, que vem se repetindo nos últimos meses. A paralisação é de advertência, mas, caso o problema persista, os médicos estão dispostos a entrar em greve por tempo indeterminado.
O vice-presidente do Sindicado dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), Luiz Américo Câmara, assinala que os médicos já enfrentam condições precárias de trabalho na maternidade e não aceitam ser ainda mais penalizados. “É inadmissível o que está acontecendo, os profissionais exigem que os salários sejam pagos em dia”, ressalta Américo.
Na avaliação do Sindimed, o que ocorre hoje é um desrespeito que atinge não apenas os profissionais da saúde, mas toda população. Quando o Governo do Estado permite à Santa Casa – gestora terceirizada da maternidade -, deixar de pagar os salários, quer dizer que não valoriza as pessoas que são assistidas na unidade hospitalar.
Após cinco meses de greve, médicos retornam as atividades em Camaçari
Os médicos de Camaçari decidiram retornar integralmente às atividades nesta quarta-feira (17), encerrando uma greve iniciada em março. A decisão foi tomada em audiência no Ministério Público do Trabalho na terça-feira (16). As partes concordaram com a proposta de criação de uma comissão permanente integrada por representantes da administração municipal, do Sindimed e médicos dos município para discutir, encaminhar e acompanhar as pendências relacionadas às condições de trabalho e plano de cargos e salários. Foi designada a primeira reunião da comissão para o dia 25, às 10h, na Secretaria de Saúde do Município.
Será, inclusive, discutida no âmbito dessa comissão a revisão do PCCV, com a participação do Sindimed. Quanto à questão da segurança, o prefeito informou ter sido iniciado o trâmite administrativo para a contratação de serviço de monitoramento por câmeras para as unidades de pronto atendimento e policlínica, o que atende em parte as reivindicações da categoria. Estiveram presentes na audiência, dentre outros, o prefeito Ademar Delgado e seu secretário de Saúde, Washington Couto, que alegaram não terem condições de implementar a incorporação das gratificações (produtividade SUS) devido aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
A audiência foi presidida pelo procurador Pacífico Antônio Rocha e teve a particiação do procurador-chefe Alberto Balazeiro. Perante os representantes do MPT, o Município se comprometeu a não adotar medidas retaliatórias contra os participantes da greve, que teve como objetivo principal o resgate de condições dignas de trabalho para os profissionais, inclusive no quesito segurança para médicos e pacientes. Mas, o Sindimed considera um ato de retaliação a recusa da prefeitura em voltar atrás na suspensão do contrato Reda da única reumatologista da rede municipal, comprometendo-se apenas a substituí-la através de contrato terceirizado.
Médicos do Hospital Regional de Juazeiro entram em greve amanhã
Os médicos do Hospital Regional de Juazeiro estão novamente sem salários, desta vez os de junho, e decretaram greve após tentativas de entendimento com os gestores. O atraso salarial atinge todo o quadro de funcionários, sendo 74 médicos que a partir desta sexta-feira (22) só atendem casos de emergência, em sinal de protesto.
Referência regional no atendimento em clínica médica e clínica cirúrgica, o hospital é procurado por comunidades de 53 municípios da rede PEBA (Pernambuco e Bahia). É administrado pela Associação Proteção à Maternidade e à Infância de Castro Alves (APMICA), sendo o único da rede estadual que mantém carteira assinada em lugar da famigerada ‘pejotização’.
Outra grave queixa é sobre a carência de insumos em geral, o que gera forte descontentamento também no público atendido. O clínico José Carlos Tanure Júnior, delegado do Sindimed na região, lamenta que a Sesab ainda não tenha atendido o pleito dos medicos. A categoria fez uma paralisação de advertência nos dias 14 e 15 de junho na tentativa de pressionar a Sesab a apresentar um cronograma de atendimento das necessidades.
Após ameaçarem nova greve no dia 28 daquele mês, os médicos receberam uma comunicação da APMICA informando que a secretaria apresentou uma proposta de reestruturação do hospital. Eles aí decidiram apostar na promessa, mas se decepcionaram novamente. Outro motivo de descontentamento é a demora na aquisição de um tomógrafo para o hospital.
Para a aquisição do equipamento por parte do governo do estado, uma ação civil pública foi proposta pela promotora de Justiça Rita de Cássia Rodrigues de Souza. A ACP determinou que o governo baiano destinasse R$ 600 mil da verba de publicidade para a compra do aparelho, mas, segundo Tanure Júnior, ainda não há perspectiva de recebimento.
Médicos do Hospital da Criança mantêm mobilização
O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, esteve em Feira de Santana na última sexta-feira (15) para mais uma assembleia dos médicos do Hospital Estadual da Criança (HEC), que estão com as atividades suspensas em protesto contra o atraso salarial dos meses de maio e junho e condições precárias de trabalho. A população também foi convocada para participar das discussões sobre a situação atual do HEC.
Na assembleia, os médicos reafirmaram a exigência pela mudança da forma de contratação para carteira assinada (CLT) e cobraram definição por parte da Sesab sobre qual será a futura empresa que assumirá a gestão do hospital, já que o contrato com o Imip (Instituto Materno Infantil de Pernambuco) já foi encerrado.
De acordo com Francisco Magalhães está marcada para próxima sexta-feira, 22, uma audiência no Ministério Público de Feira de Santana, sob a mediação da procuradora Rosineide Moura. A expectativa é que nesta audiência haja acordo e as reivindicações dos profissionais sejam atendidas.