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Governo do Estado fortalece atendimento a pacientes renais em Itabuna com novo Centro de Hemodiálise

Governo do Estado fortalece atendimento a pacientes renais em Itabuna com novo Centro de Hemodiálise

Foto: Matheus Landim-GOVBA

Na manhã desta quinta-feira (13), em Itabuna, o governador Jerônimo Rodrigues inaugurou o Novo Centro de Hemodiálise Dr. Renato Borges da Costa, marcando a segunda etapa das obras do Hospital São Lucas. Com um investimento estadual de R$ 8,1 milhões, a nova estrutura conta com 54 leitos para pacientes com doença renal crônica, ampliando a oferta de serviços especializados na região. Os primeiros pacientes começam a ser atendidos já nesta sexta-feira (14).

O governador destacou a importância da iniciativa para os pacientes que dependem da hemodiálise. “Estamos garantindo que essas pessoas tenham um tratamento mais acessível e humanizado, reduzindo deslocamentos e melhorando sua qualidade de vida. Esse centro é um avanço para a saúde pública no sul da Bahia”, pontuou.

A iniciativa faz parte do programa de cofinanciamento estadual na Atenção Especializada às Pessoas com Doença Renal Crônica. A secretária da Saúde (Sesab), Roberta Santana, ressaltou que a nova unidade fortalece a rede de atendimento especializada. “Esse investimento possibilita um atendimento mais eficiente, com mais conforto e dignidade para os pacientes. É um grande reforço na infraestrutura da saúde regional.”

O governador também participou da entrega da requalificação da Ala Pediátrica SUS do Hospital Manoel Novaes, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, que agora conta com 34 leitos totalmente reformados. Além disso, o governo do estado investiu R$ 442,4 mil na aquisição de novos equipamentos pediátricos para a unidade, melhorando a qualidade do atendimento infantil. :: LEIA MAIS »

Arimateia promove Audiência sobre situação da hemodiálise na Bahia

A atual situação dos pacientes renais crônicos da Bahia foi amplamente discutida na manhã desta terça-feira (dia 28), no Parlamento Baiano. A reunião aconteceu na Sala Eliel Martins, por meio de uma Audiência Pública, ação conjunta da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa da Bahia com a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde, presidida pelo deputado estadual José de Arimateia (PRB-BA). Atualmente mais de 120 mil pessoas apresentam algum tipo de doença renal no Brasil, sendo 20 mil só na Bahia. E não para por aí. Cerca de 1340 pacientes estão hoje na fila de espera para transplante, sendo que 778 aguardam por um rim para continuar vivendo.

Para ilustrar as dificuldades enfrentadas diariamente por esses pacientes, o proponente da cerimônia falou sobre os entraves no sistema de hemodiálise no Estado que, segundo ele, necessita de medidas corretivas em caráter de urgência. No ensejo, Arimateia chamou a atenção a respeito dos pacientes renais que seguem aguardando, na fila, por vagas em clínicas e hospitais. “A cada ano, o número de pacientes crônicos aumenta sem a abertura proporcional de novos serviços. A Frente Parlamentar da Saúde une forças com a Comissão de Saúde desta Casa, no intuito de agir e contribuir positivamente nesta mudança, além de atuar como fiscais da União, Estado, Municípios em suas obrigações com esses pacientes”, explicou Arimateia.

A Diretora de Atenção Especializada da Secretaria Estadual de Saúde (SESAB), Alcina Romero Bulhosa, esteve presente representando o Secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas Boas, e expôs aos presentes na cerimônia uma vasta apresentação sobre as intervenções do órgão para a melhoria da hemodiálise na Bahia e ampliação do acesso à população. A explanação gerou um grande debate sobre o tema em questão.

Em seu pronunciamento, o presidente da Renal Bahia, José Vasconcelos de Freitas, contou que está há seis meses sem medicação e também denunciou que a substância eritropoetina, usada pelos pacientes renais, está, segundo ele, sendo vendido nas academias ao invés de serem utilizados pelos pacientes renais. Outra questão relatada por Vasconcelos é que os medicamentos referidos, que devem ser distribuídos gratuitamente, estão sendo vendidos por algumas organizações na Bahia. “Gostaria de sugerir ao Governo do Estado que proíba as ONGS de terem acesso aos medicamentos. Sugiro que somente a família e o paciente tenham essa acessibilidade”, sugeriu.

Para a transplantada e presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA), Márcia Chaves, o paciente não é tratado como é previsto por Lei. Ela pediu uma salva de palmas aos renais crônicos presentes na Audiência Pública e convocou a presença dos demais deputados da Casa. Ela falou da falta de medicamentos para os mais de sete mil transplantados da Bahia e pediu o maior empenho das autoridades com a ampliação das campanhas educativas sobre transplantes. “O Gestor público sabe que os transplantados não vivem sem o medicamento. Por que esse descaso com um assunto tão sério que é a vida?”, questionou Márcia.

Também compuseram a mesa da cerimônia o promotor de Justiça Doutor Fábio Ribeiro Velloso, representando o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CESAU) do Ministério Público e o presidente da Sociedade de Nefrologia da Bahia, Marco Antônio Silveira.