Hamilton Ramos

presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Hamilton Ramos – Foto: Divulgação/Ascom

O percentual de aumento salarial deste ano para os servidores municipais de Feira de Santana já é alvo de expectativa por parte do funcionalismo público. O reajuste normalmente é estabelecido no mês de maio, no entanto, nenhuma proposta chegou à Câmara de Vereadores até o momento. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Hamilton Ramos, está atento a essa questão.

Ele lembra que no ano passado o SINDESP apresentou uma proposta de reajuste de 18,89%, que seria uma recomposição referente aos anos de 2019, 2020 e 2021, quando não houve aumento salarial para os servidores em virtude da pandemia da Covid-19. No entanto, o percentual aprovado pela Câmara foi de 11,73%, sendo que não foi colocado em prática pelo Município, que concedeu o reajuste de 5% no mês de agosto.

Hamilton Ramos defende que a Prefeitura adote medidas para aumentar a arrecadação. O dirigente sindical salienta que somente dessa forma poderá ser concedido aos servidores um aumento real sobre o salário. “Pois sabemos que a correção da inflação, que resulta em reajustes de 4%, 5%, não resolve a vida do servidor”.

Ele observa que o Governo sempre alega a questão do limite prudencial para gastos com pessoal, o que inviabiliza maiores reajustes salariais. “Por isso, a alternativa é o aumento na arrecadação e Feira de Santana tem potencial e meios para isso”.

Hamilton revela que estudos técnicos apontam que o Município tem potencial para aumentar em até 30% sua arrecadação. “Seria necessário contratar uma empresa de consultoria e colocar em prática algumas coisas, como atualização cadastral de empresas, já que são inúmeras as que funcionam sem alvarás, ampliar a equipe da Secretaria da Fazenda que ainda funciona com uma estrutura que não acompanha o crescimento da cidade, reduzir a burocracia que os órgãos arrecadadores exigem. São alguns pontos, dentre muitos outros, que quando colocados em prática resultam no aumento da arrecadação”, explica. (Ascom)