Feira de Santana

Feira de Santana – Foto: ACM

O setor de Comércio e Serviços é o grande destaque dos números do Produto Interno Bruto (PIB) de Feira de Santana no ano de 2020. Os dados foram revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) na última semana. No período em que o mundo viveu o pico da pandemia da Covid-19, o PIB feirense teve um crescimento de mais de 3%, comparado ao último levantamento, relativo ao ano de 2018 (R$ 14.683.079,00).

No setor de Comércio e Serviços, Feira de Santana teve em 2020 o maior PIB do interior do norte-nordeste do país, ultrapassando R$ 7 bilhões (7.784.906,71). No setor de Indústria ficou em R$ 2.847.866,63; Setor Público R$ 1.994.076,31 e Agropecuária: R$ 65.591,85.

Feira de Santana se manteve como o 3º maior PIB da Bahia, atrás de Salvador e Camaçari. Entretanto as duas primeiras colocadas no estado registraram uma redução no PIB em relação ao levantamento anterior. No Brasil, o município ocupa da 76ª posição. O produto interno bruto representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período determinado.

O secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito, avalia em entrevista os números do PIB em Feira de Santana.

– Qual o principal destaque da nossa cidade em relação ao PIB 2020, divulgado pelo IBGE?

O setor de comércio e serviços, que é o nosso forte, é o maior do interior do nordeste. Supera cidades como Jaboatão dos Guararapes, Camaçari, São Francisco do Conce, Campina Grande, Maracanaú, Caruaru. É um segmento que continua crescendo e em um contexto de pandemia. Ou seja, no pico da pandemia a cidade correspondeu muito bem.

– Outros setores também se destacaram?

A indústria também cresceu, mesmo sem termos uma tradição industrial. Nossa indústria deu uma resposta boa, cresceu também. Pois mesmo na pandemia manteve a produção, a exportação.

– O que pode ter contribuído para um crescimento do PIB de Feira de Santana em plena pandemia?

Isso não acontece por acaso. É um conjunto de fatores. Hoje estamos em 76º no país em relação a economia, apesar de sermos a 34ª em população. Uma cidade com uma população grande, mas em termos orçamentário deixa muito a desejar. Mas é uma cidade que consegue seus grandes feitos.

– O crescimento tem sido uma tendência da cidade nos últimos anos

Antes do ano 2000 não estávamos nem entre as 100 maiores economias do país. De 20 anos pra cá figuramos sempre entre as 100 maiores do Brasil. Nesse período a gestão municipal conseguiu dar credibilidade a cidade, a economia cresceu, o comércio evoluiu, e hoje temos indicadores que precisamos mostrar a população para que ela possa se orgulhar. Dizer que ela está contribuindo com esse crescimento. Serviço e comércio, no interior do nordeste, ninguém chega nem perto. Somente na área de serviços são quase 8bi o PIB.

– O que Feira precisa para melhorar o PIB?

É preciso Feira de Santana ser olhada diferente pelo Governo do Estado da Bahia. Até novembro deste ano, somente de impostos arrecadados pelo Estado em Feira de Santana, contabilizou-se um bilhão, quatrocentos e setenta milhões de reais. O que foi repassado para o Município foi trezentos e sessenta e sete milhões de reais. Claro que além disso tem uma parcela para bancar UEFS, Polícia Militar, hospitais, escolas, equipamentos do Estado na cidade, entretanto, ainda assim, sobra uma parte muito grande, que não é revertida em investimentos na cidade.

– Na questão orçamentária, Feira está no patamar de cidades do mesmo porte no Brasil?

Longe disso. Feira de Santana, hoje com mais de 600 mil habitantes, tem orçamento de cidade de 300 mil habitantes. O Projeto de Lei Orçamentaria Anual para 2023 que entregamos à Câmara foi de R$ 1.963.320.508,00 [Um bilhão, novecentos e sessenta e três milhões, trezentos e vinte mil, quinhentos e oito reais]. Para se ter ideia, o orçamento de Ribeirão Preto, que tem 700 mil habitantes, é de R$ 4 bilhões. (PMFS)

 

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