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:: ‘Amélia Rodrigues’

Ex-prefeito é acusado de causar prejuízos de quase R$ 2 mi aos cofres públicos

Ministério Público Estado da Bahia

Ministério Público Estado da Bahia

O ex-prefeito de Amélia Rodrigues, Antônio Carlos Paim Cardoso, foi acusado pelo Ministério Público estadual de praticar ato de improbidade administrativa com prejuízos aos cofres municipais e enriquecimento ilícito. Segundo ação civil pública ajuizada ontem, dia 9, pelo promotor de Justiça Marcel Bittencourt, o ex-gestor municipal determinou despesas não autorizadas por lei e utilizou recursos públicos em “proveito próprio ou alheio”. O promotor pede à Justiça que determine, de forma liminar, a indisponibilidade dos bens do acusado e, em definitivo, a condenação dele para pagamento de um valor total de R$ 1.995.428,49 como reparação aos danos causados ao erário do Município, além de suspensão dos direitos políticos e outras sanções previstas em lei.

Conforme a ação, Antônio Carlos Paim ordenou, nos dois últimos quadrimestres de 2011, último ano do seu primeiro mandato, despesas de aproximadamente R$ 1,42 milhão quando a disponibilidade financeira no caixa era de pouco mais de R$ 626 mil. Segundo o promotor, esse tipo de operação é “vedado pelo artigo 42 da Lei Complementar 101/2000”. Marcel Bittencourt aponta ainda que o ex-prefeito não comprovou ao Tribunal de Contas dos Municípios as despesas relativas a pagamentos efetuados em 2011 em um total de R$ 1.995.428,49.

O valor é o mesmo determinado pelo TCM para ressarcimento aos cofres municipais. Foram R$ 904,9 mil correspondentes a despesas não comprovadas de junho, julho, agosto e outubro de 2011; R$ 161,9 mil relativos a saída não documentada de recursos do Fundeb; R$ 314,2 mil sem apresentação de notas fiscais e recibos; R$ 612,1 mil de pagamentos sem comprovantes de dezembro de 2011; mais multa de R$ 2,1 mil referentes ao atraso no cumprimento das obrigações.

Targino Machado confirma permanência de Comarca em Amélia Rodrigues

Deputado Targino Machado

Deputado Targino Machado (DEM)

O deputado estadual Targino Machado, Líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, confirmou nesta tarde de segunda-feira (20) uma importante notícia para a Justiça baiana. A Comarca de Amélia Rodrigues, que seria desativada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), permanecerá em atividade. O parlamentar revelou que participou de diversas reuniões no TJ-BA para evitar a desativação da Comarca e falou sobre a luta que travou para que a mesma continue funcionando.

“Tive o prazer de participar de algumas reuniões no Tribunal de Justiça da Bahia para discutir a desativação de mais de cinquenta Comarcas na Bahia, porque esse era o desejo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Diante do esforço hercúleo nosso, uma guerra urdida, e registro o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Leal, e do Líder do Governo na Casa, deputado Rosemberg Pinto, conseguimos, a pedido do povo de Amélia Rodrigues, capitaneado pelo seu prefeito Paulo Falcão e pela ex-vereadora e professora Adelaide, a manutenção da Comarca da cidade. Essa foi uma vitória de todos”.

O parlamentar ainda destacou que o acesso à Justiça precisa melhorar em todo o estado para facilitar a vida dos jurisdicionados. “O que as nossas cidades precisam é que o acesso à Justiça melhore, mas que a Justiça chegue mais para perto dos jurisdicionados. Não é fechando Comarcas, pela vontade unilateral do Conselho Nacional de Justiça, que vamos fazer isso. Viva a democracia, viva o povo de Amélia Rodrigues e viva a sensibilidade do presidente do Tribunal de Justiça”.

Vereadores denunciam falta de médico em hospital de Amélia Rodrigues

Vereadores de Amélia Rodrigues

Vereadores de Amélia Rodrigues – Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (30), após receber denúncias na Câmara de Vereadores feita por moradores de Amélia Rodrigues, os vereadores Teonis Lins e o professor Gustavo se deslocaram até o Hospital Doutor Pedro Américo Brito para constatar a falta de médico e medicamentos na unidade.

Segundo o edil, a situação se arrasta há quase um mês e a Secretaria Municipal de Saúde ainda não se posicionou sobre a situação. “Nós solicitamos a presença do secretário, para pronunciamento na Câmara, porque o povo de Amélia Rodrigues precisa de uma satisfação”, disse o presidente da Câmara Teonis, enfatizando que a unidade é o único hospital público da cidade.

Conforme os vereadores que gravaram um vídeo relatando o caso e, no momento da gravação, pacientes aguardavam nos corredores por atendimento, inclusive uma paciente em crise convulsiva. Fora informado que o médico plantonista precisou se ausentar por motivo de doença, porém nenhuma substituição foi dada como alternativa. “Queremos apenas que a situação seja resolvida. Estamos fazendo nosso papel de vereador, de cobrar e reivindicar melhorias”, destacou o vereador Gustavo.

Unidade foi interditada em 2017

De acordo com os vereadores, há dois anos, a enfermaria do Hospital Doutor Pedro Américo Brito foi interditada, após alagamento no local. Sob fortes chuvas, o telhado foi arrancado e os pacientes precisaram ser realocados para outro espaço. Além disso, a unidade não conta com médico especialista e, para atender à população de mais de 26 mil habitantes, são designados apenas plantonistas.

Confira o vídeo:

Fornecimento irregular de água em Amélia Rodrigues é alvo de ação do MP

O Ministério Público estadual, por meio do promotor de Justiça Marcel Bittencourt, acionou hoje, dia 18, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) e o Município de Amélia Rodrigues, para fornecerem água através de caminhões-pipa ou outro meio alternativo e eficaz, sempre que ocorrer suspensão do abastecimento de água no distrito de São Bento do Inhatá. A água deve ser fornecida em quantidade e com periodicidade suficiente para atender as necessidades de todos os moradores da localidade. Caso a Justiça acate a ação, a Embasa deverá elaborar planilhas “detalhadas” comprovando o atendimento à população.

A ação foi ajuizada após o promotor receber, na semana passada, um abaixo-assinado no qual 161 moradores de São Bento do Inhatá relatam que, no distrito, a interrupção do fornecimento de água chega a durar semanas. Segundo Marcel Bittencourt, os moradores contam também que a Embasa, apesar das interrupções, “continua a enviar as faturas mensais, inclusive, advertindo os consumidores que, em caso de atraso no pagamento, o fornecimento será suspenso”. O promotor de Justiça afirma que, antes de ajuizar a ação, o MP tentou “diversas vezes resolver extrajudicialmente a questão da deficiência no abastecimento de água em distritos de Amelia Rodrigues, como São Bento do Inhatá, bem como a falta de abastecimento convencional de água, por meio de tubulação subterrânea, em outras localidades da zona rural, a exemplo de Rio Seco, Bolandeira e Campo Verde”.

Ação pede fornecimento imediato de água a localidades da zona rural de Amélia Rodrigues

O Ministério Público estadual pediu à Justiça, em ação civil pública ajuizada nesta quarta-feira (30), que determine de forma liminar à Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A (Embasa) e ao Município de Amélia Rodrigues o fornecimento imediato de água mediante caminhões-pipa ou outro meio alternativo a todos os moradores das localidades conhecidas como Loteamento Canto Verde, Bolandeira e Rio Seco, situadas na zona rural do município. Segundo a ação, de autoria do promotor de Justiça Marcell Bittencourt, há pelo menos quatro anos os habitantes daquelas localidades sofrem com falta de água porque não contam com serviço público de abastecimento convencional e não são atendidos regularmente por carros-pipa.

Conforme a ação, as reclamações dos moradores do Loteamento Verde ocorrem desde 2013, as de Bolandeira desde 2015 e as de Rio Seco desde 2018. As queixas foram registradas em abaixo-assinados e se repetiram ao longo do tempo, inclusive no final do ano passado. O promotor afirma que o MP realizou diversas reuniões com as autoridades para resolver o problema extrajudicialmente, chegando a expedir 14 ofícios cobrando informações e soluções da empresa e da Prefeitura quanto ao abastecimento. Segundo a ação, o MP foi informado de que há um projeto de ampliação do Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Amélia Rodrigues e mais quatro municípios, mas as obras estão paralisadas em razão de embargo do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Inema) e da falta de autorização da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) para a travessia da adutora de água bruta sob a via férrea.

No pedido, o promotor afirma que o fornecimento deve ser em “quantidade e periodicidade suficientes para atender, plenamente, as necessidades domésticas e familiares em todos os domicílios existentes nas localidades, atualmente privados do acesso à água através da rede de tubulação convencional, por motivos que os moradores não deram causa”. Conforme a ação, a Embasa e o Município deverão ser obrigados a informar aos moradores os exatos dias e horários que fornecerão água nos locais.

Ex-prefeito é denunciado por utilizar indevidamente quase R$ 2 milhões de dinheiro público

Ex-prefeito de Amélia Rodrigues, Antônio Carlos Paim Cardoso

Ex-prefeito de Amélia Rodrigues, Antônio Carlos Paim Cardoso.

O ex-prefeito de Amélia Rodrigues, Antônio Carlos Paim Cardoso, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual pelos crimes de utilização indevida de renda pública, num total de quase R$ 2 milhões. Ele também é denunciado por assumir nos dois últimos quadrimestres de 2011, último ano de seu primeiro governo, despesas de aproximadamente R$ 1,43 milhão, mesmo sem ter recursos suficientes em caixa (essa prática ilícita é tipificada no artigo 359-C do Código Penal como “assunção ilegal de obrigação no último ano do mandato”). A denúncia foi recebida pela Justiça no fim da semana passada. O promotor de Justiça Marcel Bittencourt, autor da ação penal, pediu que seja determinado o sequestro de bens do ex-prefeito no valor utilizado indevidamente, um montante exato de R$ 1.993.220,52.

Segundo Marcel Bittencourt, o então gestor não comprovou ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) as despesas relativas a pagamentos operados em junho, julho, agosto, outubro, novembro e dezembro de 2011, como também não apresentou notas fiscais e recibos para a saída de recursos dos cofres municipais em agosto e dezembro daquele ano. O Tribunal rejeitou as contas de Antônio Paim do exercício financeiro de 2012 e determinou, em 2014, o ressarcimento de todo o montante aos cofres públicos municipais.

O promotor também afirma que, entre maio e dezembro de 2011, o ex-prefeito “voluntária e conscientemente, ordenou a assunção de obrigação” do valor de R$ 1,43 milhão, quando a disponibilidade financeira do Município era de aproximadamente R$ 626,2 mil, portanto “a despesa não pode ser paga no mesmo exercício financeiro” e não tinha “contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa para quitá-la no exercício seguinte”. Marcel Bittencourt destaca que o ex-prefeito não cumpriu o dever de prestar contas anuais ao TCM e “tampouco apresentou justificativa plausível perante o órgão fiscalizador”. A ação penal resulta de investigação realizada pelo MP a partir de representação encaminhada pelo TCM.

Ex-prefeito lamenta que PSF de Amélia Rodrigues em fase de conclusão esteja abandonado

Ex-prefeito lamenta que PSF de Amélia Rodrigues em fase de conclusão esteja abandonado

Ex-prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (DEM).

O ex-prefeito de Feira de Santana e ex-deputado estadual Tarcízio Pimenta (DEM) esteve visitando neste final de semana a cidade de Amélia Rodrigues, que faz parte da região metropolitana de Feira de Santana. Tarcízio disse ter encontrado na comunidade chamada Bolandeira um Posto de Saúde da Família (PSF) abandonado. “Uma obra em fase de conclusão abandonada há mais de dois anos pela administração pública. Não é possível que ainda encontremos unidades dessa magnitude e com a importância que tem para o povo totalmente abandonada. É triste”, lamentou. A cidade é administrada pelo prefeito Paulo Falcão.