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:: ‘tarifaço americano’

FIEB faz avaliação sobre primeiros impactos do tarifaço americano para as exportações baianas

Exportações baianas têm leve aumento de 0,68% em março

Foto: Jean Vagner/Ascom SEI

Os primeiros efeitos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos começam a aparecer nas exportações da Bahia. Segundo análise da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), embora o comportamento das exportações para o mercado americano tenha sido, inicialmente, mais resiliente do que o das exportações totais do estado, os dados já apontam impactos significativos sobre setores estratégicos da economia baiana, principalmente entre alguns dos produtos que foram sobretaxados.

Na comparação entre os meses de julho e agosto de 2025, as exportações totais da Bahia registraram queda de 19,4%, passando de US$ 934,6 milhões para US$ 753,7 milhões. Na contramão desse movimento, as exportações baianas para os Estados Unidos aumentaram 9,8% no mesmo período, atingindo US$ 64,1 milhões.

Apesar do crescimento agregado, o detalhamento por tipo de produto revela que o aumento foi impulsionado, principalmente, por itens isentos de sobretaxa, cujas vendas mais do que dobraram (alta de 136,7%). Já os produtos afetados diretamente pelo tarifaço viram suas exportações recuarem 42,8%.

Segmentos mais afetados

Entre os produtos mais atingidos pelas tarifas estão manteiga de cacau, celulose, magnésia calcinada, ferroligas e calçados. Alguns itens, como butadieno não saturado e ferrosilício, simplesmente deixaram de ser vendidos para os Estados Unidos. Seis dos principais produtos baianos tiveram suas exportações totalmente interrompidas, com destaque para os setores químico/petroquímico, metalúrgico e de alimentos. :: LEIA MAIS »