:: ‘Tabagismo’
Cerca de 200 pessoas fazem tratamento contra o tabagismo em Feira de Santana
O cigarro representa sérios riscos à saúde, tanto para quem fuma quanto para quem convive em ambientes fechados com fumantes. A exposição à fumaça pode causar doenças graves, como câncer de cabeça e pescoço, problemas cardiovasculares, doenças respiratórias e até infertilidade.
Em Feira de Santana, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD) Dr. Gutembergue Almeida, especializado no atendimento a pessoas dependentes de álcool e outras drogas, recebe mensalmente cerca de 200 pacientes em tratamento para o tabagismo.
O psiquiatra João Gama explica que o tabagismo é uma doença crônica que afeta mais mulheres do que homens. Ele também alerta para os riscos do cigarro eletrônico, conhecido como vape ou pen drive, que tem ganhado popularidade entre jovens.
“A comercialização do vape é proibida no Brasil. Todo produto do tipo que circula no país está fora da lei. Como muitos têm sabores agradáveis, como melancia, chocolate ou baunilha, os familiares de adolescentes podem não perceber o uso, já que o cheiro não gera desconfiança”, explicou.
Segundo Regicelia Silva, coordenadora da Rede CAPS, o tratamento contra o tabagismo no CAPS AD combina medicação com acompanhamento em grupos terapêuticos liderados por uma equipe multidisciplinar. :: LEIA MAIS »
Mulheres são maioria em tratamento contra o tabagismo
Derrame, infarto e câncer de pulmão. Esses são alguns dos problemas causados pelo hábito contínuo do uso de tabaco. No último ano, 120 feirenses contaram com a ajuda do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) com o objetivo de parar de fumar. Nesta quarta-feira (31), é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco.
A coordenadora-geral da Rede de Saúde Mental, Regicelia Silva, aponta que a maior procura para vencer o vício é por mulheres entre 45 a 54 anos. “Temos observado que a redução do hábito de fumar tem sido maior entre as mulheres. Entretanto, as portas do CAPS estão abertas para todos aqueles que sentem a necessidade de auxílio contra esse vício”, afirma.
Apesar de não ter registrado nenhuma notificação, a coordenadora pontua que o uso de cigarros eletrônicos pelos jovens é preocupante.
“Percebemos que esse público não tem consciência do mal provocado por esse objeto que, na verdade, é um produto derivado do tabaco, sendo tão prejudicial à saúde quanto os cigarros convencionais”, observa.
A enfermeira referência técnica do CAPS AD, Mariana Rios, destaca que o tratamento para uso abusivo do tabaco faz parte do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e dispõe de uma equipe multidisciplinar. “Inicialmente o paciente passa por um acolhimento. Nesse momento, é avaliado o grau de dependência. Em seguida, é feito o encaminhamento interno, a exemplo da participação em grupos terapêuticos, atendimentos médicos e psicoterápicos”, explicou a enfermeira. :: LEIA MAIS »
Mulheres são 80 por cento das pessoas em tratamento contra tabagismo no CAPSad
Em 15 anos, cerca de oito mil pessoas são registradas no Centro Assistência Psicossocial Álcool e Drogas Dr. Gutemberg Almeida. Destas, 70% são exclusivamente tabagistas – ou com outros vícios associados. E as mulheres são mais de cinco mil neste universo – fazem o tratamento ou fizeram. Atualmente cerca de 300 pessoas estão sendo acompanhadas por especialistas do CAPSad. E 240 são do sexo feminino, que correspondem a 80%. Mulheres na faixa etária dos 40 anos são as mais vulneráveis a este vício. “São muitos os motivos apresentados por elas”, diz a psicóloga Carolina Carvalho, que coordena o órgão. Há 32 anos, o 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, criado com o objetivo de conscientizar e mobilizar a população sobre os riscos à saúde decorrentes ao consumo do cigarro. O tabagismo é a principal causa de morte evitável de todo o planeta.
Os homens de meia idade, diz a coordenadora, são mais propensos ao alcoolismo e os jovens buscam as drogas ilícitas. O tratamento é oferecido às pessoas a partir de 15 anos e uma das condicionantes é que resida em Feira de Santana. Antes de iniciar o tratamento, as pessoas são submetidas a um teste que indica o grau de dependência, informação que pode ser usada no seu direcionamento. Ela enfatiza que nos últimos anos o número de pessoas que buscam o tratamento contra o tabagismo vem aumentando em Feira. Crê na mudança de comportamento e que chega a 80% os casos de sucesso. Mas que muitas têm recaídas.
E no grupo em tratamento existem pessoas de todas as idades. Como dona Maria Alice, que fuma há meio século e deseja parar, como escreveu em um mural no órgão. Outra paciente está há quase 15 anos lutando contra o tabagismo. Ainda não conseguiu, mas continua na busca da cura. E o fumo não é um vício fácil de abandonar. Para enfrenta-lo em condições de vitória, segundo a especialista, a vontade pessoal é fator primordial e, se for o caso, o uso de medicamentos. O CAPSad, o paciente é atendido por uma equipe formada por psiquiatra, pedagoga, psicóloga, assistente social, educador físico, entre outros.