Na abertura da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, Estado regulamenta setor na Bahia

Foto: Rafael Martins/GOVBA

Começou, nesta segunda-feira (16) e segue até sexta (20), a 20ª edição da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNCT), evento organizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), com programação diversificada nos 27 territórios de identidade da Bahia, mobilizando a população em torno de temas e atividades relacionadas às áreas científicas e tecnológicas. O governador Jerônimo Rodrigues participou da conferência de abertura das atividades, que aconteceu no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, e visitou a exposição de projetos realizados com a participação de universidades, órgãos públicos e institutos de pesquisa.

Durante o evento, o governador assinou o decreto que regulamenta a Lei 14.315 – Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, aprovada em 2021, que dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento do setor no Estado. “Todos os estados que querem fomentar a ciência e tecnologia, precisam organizar a política pública e a plataforma que fortalece as pesquisas e inovações. Aqui na Bahia, já temos uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa, e hoje, decretei a sua regulamentação”, explicou Jerônimo.

Conforme o governador destacou, o dispositivo legal organiza o sistema para que a sociedade, pesquisadores, professores, universidades, escolas, órgãos da pesquisa, e o mercado, possam acessar investimentos para registrar patentes, desenvolver pesquisas, cenários novos, dentre outras possibilidades. “Então, o mundo agora conta com energia renovável, e na Bahia estamos organizando o sistema estadual. Além disso, a lei facilita e fortalece orçamento. Daí, a gente consegue garantir que a política estadual tenha um orçamento prático, concreto, exclusivo e específico”, acrescentou.

Programação

A SNCT é o maior evento de popularização da ciência do país e tem por finalidade mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades de ciência e tecnologia, valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação. Ao longo da programação, o público pode participar de conferências, mesas redondas, eventos interativos, diálogos interculturais e visitas guiadas. O evento é realizado em parceria com unidades de pesquisa, agências de fomento e entidades vinculadas, comunidade científica, universidades, instituições de ensino de pesquisa, escolas, museus e jardins botânicos, secretarias estaduais e municipais, empresas de base tecnológica e entidades da sociedade civil.

“A programação da abertura tem uma palestra importante da Drª Jaqueline Góes, que é a cientista baiana que conseguiu decodificar o genoma da Covid-19, com a mediação da Marilda Gonçalves, que está à frente da Fiocruz, – primeira mulher à frente da fundação. A gente tem uma agenda aqui no IAT de palestras, um ciclo, e está tudo no site da Secti, www.secti.ba.gov.br. Tem a agenda da semana inteira”, declarou o titular da Secti, André Joazeiro.

Revista e certificado

Ao lado do secretário Joazeiro, Jerônimo lançou a segunda edição da revista Bahia Faz Ciência. A publicação reúne uma série de reportagens, com destaque para o trabalho de pesquisadores, cientistas e estudantes de toda a Bahia. As matérias de jornalismo científico falam sobre projetos em sua maioria realizados por estudantes de escolas públicas da capital e do interior, entre os destaques, projetos sobre inseticida feito da folha de mandioca, vasos à base de coco verde, bioplástico do inhame e filtro de baixo custo.

Com tiragem de 20 mil exemplares, as revistas serão distribuídas, prioritariamente, para as escolas da rede pública estadual de ensino. As reportagens também estarão disponíveis nos sites e redes sociais da Secti. Junto com a publicação, foi entregue o Certificado Bahia Faz Ciência para estudantes de jornalismo do Centro Universitário Unijorge que participaram das reportagens.

Exposição

Dentre os trabalhos em exposição no IAT, a Universidade Estadual da Bahia (Uneb) levou o jogo de tabuleiro ‘Cocada Maria’, resultado de um projeto do curso de Mestrado em Gestão e Tecnologia Aplicada à Educação. O projeto mistura o digital com o analógico, utilizando elementos feitos na impressora 3D com modelos feitos com palitos de picolé.

“Você conjuga o tradicional com uma coisa mais inovadora, e tem a parte lúdica do aprendizado com as crianças. A Uneb tem muitas ações na área de pesquisa, ensino e extensão. Hoje a gente trouxe aqui uma pequena amostra de algumas atividades com crianças na área da educação básica, usando impressora 3D, pensamento computacional”, contou o gerente de pesquisa do Programa de Pós-Graduação, Eduardo Jorge. (Secom-BA)