Cesta básica em Feira de Santana

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Com queda de 0,42% em relação a abril, a cesta básica de Feira de Santana fechou em R$531,82 em maio. Com mais um mês de queda, a cesta básica acumula decréscimo de 1,89% no trimestre. Dos 12 produtos que compõem a cesta, sete apresentaram queda de preço médio e cinco registraram alta no trimestre. As maiores reduções foram nos seguintes produtos: óleo de soja (-20,20%), tomate (-13,10%) e banana (-9,14%). Dentre os alimentos que sofreram aumento de preço médio, destacaram-se a farinha de mandioca (11,60%), do feijão (9,85%) e do açúcar (9,70%).

Não obstante os três meses seguidos de queda de valor da cesta, a equipe de pesquisadores do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que trabalha no Programa ”Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”, observa que os preços da cesta básica vinham em trajetória de elevação. Nos últimos 12 meses (maio/22 a maio/23) e no acumulado do ano (jan/23 a maio/23) aumentaram 6,05% e 2,85%, respectivamente.

Cotejando os preços levantados em maio com os vigentes no mês anterior, constata-se que sete produtos tiveram sofreram redução de seus preços médios.As maiores reduções foram para o óleo de soja (-14,67%), a manteiga (-3,97%), o arroz (-2,75%) e o feijão (-2,04%). Os demais produtos que registraram queda foram o tomate (-1,25%), o leite (-0,45%) e a carne (-0,33%). Dentre os alimentos que sofreram aumento de preço médio, destacaram-se a farinha (3,26%), o café (3,02%) e o pão (2,84%).

Em maio de 2023, o salário mínimo foi ajustado para R$ 1.320,00, com isso, o valor do salário mínimo líquido (valor obtido após os descontos previdenciários de 7,5% que incidem sobre o valor bruto) passou a ser R$ 1.221,00. Devido a esse fato e à queda verificada no valor da cesta, o percentual da renda do trabalhador feirense que ganha salário mínimo com aquisição da cesta básica foi inferior ao do mês anterior, 43,56% frente 44,34%. Ou seja, o aumento do salário mínimo somado à queda verificada nos preços dos alimentos resultou em melhora, ainda que pequena, do poder aquisitivo do trabalhador.

Em relação ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, constatou-se um dispêndio de 95 horas e 49 minutos, queda de cerca de duas horas em relação ao tempo de trabalho gasto no mês anterior – fenômeno também associado à elevação do salário mínimo e à redução do valor da cesta. Confira o boletim completo AQUI. (Uefs)