PPS baiano trava batalha judicial

Antonio Silva Magalhães Ribeiro

Ao que parece, Roberto Freire, presidente nacional do PPS, não terá sossego após ter decretado a intervenção do Diretório baiano, nomeando uma comissão provisória. Para Freire, o que motivou a dissolução do Diretório foi a saída do deputado federal Arthur Maia do PPS para o DEM. Maia presidia o Diretório Estadual desde novembro do ano passado, quando foi eleito. “No mesmo Congresso em que Arthur foi eleito presidente, eu fui eleito vice e outros companheiros também assumiram cargos”, afirma Antônio Ribeiro, um dos fundadores do Partido.

A dissolução do Diretório da Bahia às vésperas do Congresso Nacional do PPS agravou a situação, uma vez que também foram canceladas, sem aviso prévio, as passagens dos delegados que participariam do Congresso, realizado de 23 a 25 de março. “Os delegados eleitos democraticamente foram cassados pela direção nacional, sendo escolhido outros subservientes à direção [Nacional]. Questões importantes foram debatidas e votadas, dentre elas o Estatuto do Partido, a eleição da Direção Nacional e as coligações Partidárias para as eleições deste ano”, denuncia Ribeiro. “A dissolução foi autoritária e o Congresso foi ilegítimo. Estamos pedindo a impugnação através da justiça.”, ressalta.

Diretórios Municipais do PPS estão aderindo ao movimento pela retomada do Diretório Estadual da Bahia eleito em novembro, devolvendo a Ribeiro a condição de vice-presidente. Um manifesto foi redigido e assinado por filiados baianos e de outros Estados, reforçando uma ação na justiça.

Antonio Silva Magalhães Ribeiro formou-se em administração de empresas pela Universidade Católica do Salvador, onde também cursou pós-graduação em administração financeira governamental. É mestre em administração pela Universidade Federal da Bahia e doutor em sociologia econômica e das organizações pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa.