combate-ligacao-clandestina_lavajato_av-artemia-pires_unfA Embasa está intensificando o combate a ligações clandestinas em Feira de Santana. Somente de janeiro a junho foram identificadas mais de 600 fraudes desse tipo no município, responsáveis pelo consumo irregular de mais de 72 mil metros cúbicos de água, volume que seria suficiente para abastecer uma cidade com 20 mil habitantes por cerca de três meses.

Na semana passada, técnicos da empresa realizaram uma operação de fiscalização, em parceria com a Polícia Militar, e identificaram um posto de lavagem de carros na Avenida Artêmia Pires com uma ligação clandestina feita diretamente na rede de abastecimento, sem passar pelo hidrômetro. A ligação clandestina foi retirada, o dono do posto de lavagem foi notificado e tem um prazo de 15 dias para apresentar defesa e regularizar a situação do imóvel junto à Embasa.

“Quem utiliza ligação clandestina não se preocupa com o controle do consumo e acaba prejudicando os consumidores regulares por causa do desperdício. É uma prática criminosa que precisa ser cada vez mais combatida”, afirmou o gerente comercial da Embasa, Lucas Araújo. O gerente acrescenta que denúncias da população são uma arma importante no combate às fraudes e podem ser feitas de forma anônimapelo call center da Embasa – 0800 0555 195 – ou pela Central de Serviços no site www.embasa.ba.gov.br.

Crime previsto em lei – A prática de furto de água é qualificada como crime contra o patrimônio, de acordo com o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, cujo parágrafo 3º, ao tratar de furtos, equipara “à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”. A pena prevista na lei é reclusão de um a quatro anos e multa. O valor individual de cada multa pode chegar a R$ 157, acrescido do preço do serviço executado para sanar a fraude, além de uma estimativa do desperdício causado pelo ato criminoso.