Captação de órgãos realizada no HEC pode salvar vida de três crianças

Foto: Divulgação/Ascom

Uma captação de órgãos realizada na tarde desta quarta-feira (01/09), no Hospital Estadual da Criança (HEC), poderá salvar a vida de três pacientes pediátricos, dos estados de Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul.

Fígado, rins e coração foram doados pelos familiares da paciente E.M., de nove meses, após confirmação de morte encefálica diagnosticada na unidade, e encaminhados para a Central Estadual de Transplantes de Órgãos, responsável por destiná-los aos pacientes compatíveis que estão aguardando em lista única da central de transplantes.

A captação foi comunicada pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do HEC para a Central Estadual de Transplantes de Órgãos da Bahia e para a Organização à Procura de Órgãos (OPO) de Feira de Santana, situada no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), que tem o importante papel de apoiar as equipes das CIHDOTTs no trâmite da doação de órgãos e tecidos.

O procedimento foi coordenado pelo médico Rodrigo Serapião com o auxílio de profissionais da CIHDOTT do HEC. Segundo Rodrigo, o procedimento, que durou cerca de quatro horas, foi muito importante, principalmente por se tratar de um paciente pediátrico. “A doação de órgãos e tecidos de pacientes pediátricos é ainda mais rara do que de adultos. Isso faz com que consideremos, ainda mais, que este foi um importante procedimento de captação. Quero agradecer a toda equipe envolvida, bem como a equipe do HEC que se empenhou para que realizássemos uma captação muito bem sucedida”.

Em setembro é realizada em todo o Brasil, a campanha de conscientização para Doação de Órgãos, em alerta para a importância do ato que pode ajudar a salvar vidas. Para ser um doador no Brasil, os familiares precisam ser informados. São eles que irão autorizar ou não a doação de órgãos após a constatação da morte encefálica.

No caso dos pacientes pediátricos, como explica o Diretor Médico do HEC, Brunno Barros, “os responsáveis pela criança podem autorizar a doação, após avaliação do quadro clínico do paciente pela equipe da unidade”.

Ainda segundo Brunno, “para o diagnóstico de morte encefálica, é necessário a realização de diversos exames clínicos e complementares. Durante essa fase de diagnóstico, os familiares recebem apoio e orientações da equipe multidisciplinar, e autorizam a doação. É importante destacarmos que mesmo diante do momento de dor e perda, a família teve esse ato nobre, que será motivo de felicidade e esperança para as famílias de outras crianças”. (Ascom)