A secretária de Saúde de Candeias, Soraia Cabral, atendeu ao convite da Comissão Municipal de Educação, Saúde e Assistência Social e esteve na Câmara de Vereadores na manhã desta sexta-feira (10), para prestar esclarecimento sobre as atribuições referente à pasta que mesma chefia. A secretária estava munida dos documentos necessários para quaisquer esclarecimentos e assim os vereadores puderam fazer perguntas sobre o Posto Médico Luiz Viana Filho, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e contratos com cooperativas que atuavam no município.

A pedido dos edis, Soraia começou seu discurso fazendo uma explanação de como encontrou a saúde, desde contratos fraudulentos até o quadro de pessoal. Sem perder tempo, a secretária revelou que no momento da transição de governo cobrou relatórios de contratos, mas não foi atendida. “A gestão passada não  teve a decência de permitir a transição e isso atrapalhou significativamente. Só agora estamos conseguindo traçar um panorama sobre a real situação da saúde do município. Encontramos, por exemplo,  unidades de saúde com sérios problemas estruturais, falta de medicamentos e supostos superfaturamentos em contratos”, explicou.

Ainda em seu  relato, a secretária citou ação na Justiça Federal contra o município de Candeias no ano passado, que afirma que existia um rombo de aproximadamente R$ 200 milhões de reais na pasta. “Agora me digam: o que poderíamos fazer com R$ 200 milhões de reais? Quantas vidas seriam salvas com essa quantia e foi isso que fizeram com o povo dessa cidade”, revoltou-se Soraia.

Questionada sobre o fechamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas), Soraia alegou que a unidade foi fechada por apresentar rachaduras, o que acarretaria um problema hospitalar por causa dos testes de imagens que fazia na unidade. “As rachaduras da UPA  estavam colocando em risco a vida de funcionários e pacientes. A sala de Raio X também tem uma rachadura grande, onde toda radiação passava para os colegas que estavam no posto de enfermagem,  colocando em risco a vida de pacientes e funcionário”, esclareceu a secretária.