Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de Feira de Santana

Foto: Jorge Magalhães

Em Feira de Santana, nos primeiros 45 dias do ano, foram registrados 50 novos atendimentos por violência contra a mulher no Centro de Referência Maria Quitéria (CRMQ), equipamento vinculado à Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de Feira de Santana.

O número é ainda maior se comparar os meses de junho a dezembro do ano passado, quando foram registrados 328 novos casos acompanhados, enquanto no mesmo período, em 2020, foram 225 – o que representa um aumento de 45%.

Outro dado importante apresentado pela pasta é o número de abrigamentos, que saltou de 10, durante o primeiro semestre do ano passado, para oito nos primeiros 45 dias deste ano.

Na avaliação da secretária da pasta, Gerusa Sampaio, a procura por ajuda é importante e os dados retratam a quebra do ciclo da violência. “São mulheres que decidiram e tiveram a coragem de mudar a sua situação. Aqui elas recebem o acompanhamento necessário e todo o suporte para traçar uma nova trajetória”.

As mulheres em risco iminente de morte têm a garantia de proteção. O órgão dispõe de um serviço de abrigo, onde elas podem permanecer em um local seguro por até 180 dias, ou até a prisão ou deferimento da medida protetiva contra o agressor.

Outro serviço de permanência temporária para as mulheres em situação de violência é o programa Acolhe, que oferece hospedagem em uma rede de hotéis para quem não tem um lugar seguro. Neste caso, é para aquelas que não sofrem ameaças de morte ou perseguição, e podem ficar em até 15 dias.

“Nesse acolhimento elas têm toda assistência com acompanhamento psicossocial e pedagógico para ela e para os filhos [se tiver]. Vale destacar que elas têm total liberdade de decidir permanecer ou não no local”, destacou a chefe da Divisão da Promoção dos Direitos da Mulher, Josailma Ferreira.

Ainda de acordo com Josailma, a Secretaria da Mulher também visa a independência financeira “oferecendo meios para que elas consigam obter renda, sejam com cursos, treinamentos e capacitações”, destacou. (PMFS)