:: ‘Gramado do Lomanto Jr.’

“O Vitória da Conquista vai jogar no Lomantão, não tenho a menor dúvida”, anunciou na última sexta-feira (24), o chefe do Gabinete da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, Marcos Ferreira, ao comentar sobre os procedimentos adotados nas últimas semanas pelo Governo Municipal, a fim de combater um fungo que havia se instalado no gramado do Estádio Municipal Lomanto Júnior.

A notícia, quando foi divulgada, deu origem a dúvidas sobre se o gramado estaria recuperado a tempo de permitir que a equipe do Vitória da Conquista o utilizasse como mando de campo durante o Campeonato Baiano de 2018. A competição começa no dia 21 de janeiro, mas o Estatuto do Torcedor exige que, 60 dias antes, os clubes e as federações informem oficialmente quais são os estádio onde mandarão seus jogos.

Diante dessa situação, a Prefeitura, através da Secretaria de Meio Ambiente, recorreu ao auxílio de técnicos, professores e estudantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). De forma voluntária, eles colheram amostras da grama, aplicaram insumos, fizeram pulverizações e identificaram o fungo responsável por ameaçar o gramado do estádio.

Com a ajuda desses colaboradores, o Governo Municipal elaborou um procedimento técnico de combate ao agente invasor. Na primeira semana de novembro, providenciou o corte rasteiro da grama, para possibilitar que o gramado absorvesse de forma mais eficiente os insumos que foram aplicados. Em seguida, foi feita a pulverização, com o objetivo de combater o fungo.

Por fim, chegou-se à aplicação de nitrato, cuja função, segundo Ferreira, é “fortalecer e revigorar” a coloração verde do gramado. O chefe do Gabinete assegurou que o gramado está “sob controle”, e que a eliminação completa do fungo é apenas uma questão de tempo. “Acredito que em mais duas ou três semanas, o gramado está apto, inclusive, para a prática do futebol”, afirmou.

‘Medida de segurança’ – Outra medida preventiva, a título de complemento aos esforços pela recuperação do gramado, a Prefeitura optou por suspender temporariamente a abertura do estádio para os chamados “atletas de fim de semana”. Uma das hipóteses levantadas pelos técnicos, para explicar o surgimento do fungo, foi a possibilidade de ter sido levado ao gramado “de fora para dentro”, provavelmente por meio dos calçados utilizados por alguma das várias pessoas que frequentam o local no dia-a-dia.

“É evidente que a gente vai evitar um pouquinho. Não só o futebol e a utilização do gramado, mas o acesso das pessoas, por uma medida de segurança. O campeonato se avizinha e a gente não pode arriscar que aconteça uma coisa semelhante, um dano involuntário, e o gramado volte a sofrer”, justifica Ferreira.

‘Estamos mais tranquilos’ – Em visita ao estádio, o presidente do Vitória da Conquista, Ederlane Amorim – que é também ex-jogador de futebol – disse ter-se sentido “mais tranquilo” ao ver a situação atual do gramado, depois das intervenções de combate ao fungo. “Estivemos no estádio há uns 20 dias e ficamos realmente muito preocupados com o estado em que o gramado se encontrava. Hoje, a gente já tem uma nova impressão. Já está praticamente pronto, inclusive para a prática de jogos. Alguns cuidados mínimos precisam ser feitos, mas o gramado já voltou e já germinou, praticamente”, relatou.