Colegiado A defesa da existência de secretarias de esporte no âmbito da administração pública voltou a ser defendida ontem pelo presidente da Comissão Especial de Desporto, Paradesporto e Lazer. “O Esporte deve ser uma política de Estado e não de Governo”, adverte o deputado Bobô (PC do B), presidente do colegiado, para quem somente assim as políticas estabelecidas para o segmento não sofrerão solução de continuidade a cada governante eleito. O Esporte, continua, “é tão importante quanto a Saúde, a Educação”, disse, ao presidir ontem mais uma audiência pública, desta vez sob o tema “Esporte como Ferramenta de Inclusão Social”.

Inspirado na vitória da judoca Rafaela Silva, medalha de ouro nos jogos olímpicos Rio 2016 e oriunda de projetos sociais na comunidade carente Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde começou a praticar judô na associação de moradores do bairro, Bobô propôs a audiência pública de ontem lembrando a importância que o esporte tem como real instrumento de inclusão social. E citou também os exemplos dos dois baianos medalhistas olímpicos:. Robson Conceição ( medalha de ouro no boxe) e Izaquias Queiroz, ganhador da medalha de prata inédita nos 1000m da canoagem individual.

INCLUSÃO

Bobô é defensor intransigente do estabelecimento de políticas públicas para o Esporte e da criação de secretarias específicas. “Não temos secretaria nem no âmbito do Estado, nem da Capital. O Esporte está sempre vinculado a uma outra Pasta”, constata. Quem também defende a mesma posição é Edmilson Pombinho, diretor de Esporte da Secretaria de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza (SEMPS) de Salvador. Mas já adianta que isto é coisa para o futuro prefeito.

Pombinho lista uma série de projetos que a Prefeitura de Salvador executa na cidade em prol do esporte e da inclusão social. Em Itapuã, no Centro Esportivo Biriba, 300 crianças aprendem capoeira, karatê, jiu-jitsu, futsal e futebol. A prefeitura dá tudo, informa o diretor, “da chuteira ao lanche”. A mesma coisa acontece na Boca do Rio, onde, também no centro esportivo, 250 crianças aprendem tênis, futsal, futebol e vôlei.

Há, ainda, os esportes de quadra. Segundo informações de Edmilson Pombinho, a prefeitura disponibiliza e banca a prática dos quatro esportes de quadra (futsal, volei, basquete e handebol) em quadras localizadas em Ondina e espera reativar estas ações na Avenida Gal Costa e em Lobato, locais onde o programa já foi praticado. “Estamos aguardando a renovação”, diz.

Ele também espera pela lei municipal de incentivo aos desportistas de Salvador, “o bolsa atleta”. O texto da lei “já se encontra no gabinete” do prefeito à espera de ser lido por ACM Neto e enviado à apreciação e aprovação da Câmara Municipal. Segundo Pombinho, os valores destinados aos atletas vão de R$800,00 a R$1.000,00 por mês, totalizando R$ 700 mil anuais destinados pela prefeitura aos desportistas. Mas este também é um assunto que vai ficar para depois.