Ron do Povo, Fernando Torres, Colbert Martins Filho, Zé Curuca e Luiz da Feira – montagem site Política In Rosa

Os vereadores de partidos aliados e até mesmo do partido do prefeito Colbert Martins Filho (MDB) teceram críticas à gestão e ao próprio gestor. As críticas iniciaram com o vereador Ron do Povo (MDB) que, após anunciar a adesão ao “grupo dos aliados” no Legislativo feirense, teve um irmão exonerado do cargo de Coordenador de Qualificação dos Trabalhadores do Departamento da Casa do Trabalhador. Ele ainda lamentou o desligamento do irmão. “Ele tem caráter e estava prestando serviços para o município com competência”.

Ron do Povo demonstrou insatisfação com a resolução das demandas das comunidades pelo Poder Público Municipal e com o diálogo entre os demais governistas. O vereador lembrou ainda que sempre esteve engajado nas campanhas do ex-prefeito José Ronaldo como também do atual gestor. Entretanto, nos últimos meses, disse que encontrou dificuldades em receber retorno e soluções para as questões que encaminha ao Executivo. “Faço parte do grupo dos aliados, estou no governo do prefeito Colbert Martins e continuarei nas comunidades com um grupo aliado, que para chegar ao prefeito vai ser mais fácil”, disse.

As críticas continuaram com o presidente do Legislativo feirense, Fernando Torres (PSD), que afirmou que existem 134 requerimentos sem o devido retorno do Executivo e, mais uma vez, desabafou. “Está difícil a convivência com o prefeito Colbert”. Temos 134 requerimentos sem resposta. O prefeito trata a Câmara com desdém. Estamos discutindo governabilidade, discutindo convivência entre a Câmara e a Prefeitura. Somos vereadores eleitos pelo povo. Então, a Câmara Municipal que tem mais de cem requerimentos sem resposta, cabe improbidade. Infelizmente a palavra é impeachment”.

Fernando Torres (PSD) disse também que “cabe improbidade” à atitude do prefeito Colbert Martins Filho em não responder às solicitações da Casa. “Nós não queremos tirar o prefeito, queremos que ele trabalhe e respeite a Câmara Municipal”, reiterou. De acordo com a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara, o prefeito tem prazos para dar retorno às demandas remetidas da Câmara ao Paço Municipal.

Zé Curuca, vereador do Democratas, disse que só está sendo valorizado agora. “Só estou sendo valorizado agora pelo presidente da Câmara, vereador Fernando Torres (PSD). Tenho três mandatos nessa Casa, sempre fui o vereador mais votado em Humildes, mas não sou valorizado pelo prefeito”.

Ele desabafou que as obras que têm em Humildes ele que correu atrás para conseguir e não levam o seu nome. “Ganhei a eleição no primeiro turno e no segundo poderia ter cruzado os braços. Mas fui atrás de votos para eleger o prefeito. A gente partiu para cima, eu e minha equipe, e Humildes foi o único distrito que reverteu a situação (da eleição para prefeito). Mas qual foi a primeira pancada que recebi de Colbert? Ele demitiu minha esposa, que era um cargo de administrativo. Ela ganhava um salário mínimo e isso deixou meu coração sangrando”, declarou.

Curuca informou que está unido com o vereador Fernando Torres para o bem de Feira de Santana e fez um alerta. “Deputado federal tira presidente; deputado estadual tira governador e vereador tira prefeito”.

Já o vereador Luiz da Feira (PROS) relatou que tem dificuldades para levar as demandas da população ao gestor de Feira de Santana, principalmente sobre questões relacionadas ao Tomba, bairro em que reside. “Nós não temos como chegar ao senhor para levar as demandas dos nossos bairros. Para falar com o prefeito dá trabalho porque o senhor não atende o telefone”, queixa-se. Ele finalizou afirmando que Colbert Martins não pode “governar sozinho” e precisa dos 21 vereadores para “lutar, trazer melhorias, recursos, obras e para legislar pela cidade”.