:: ‘revitalização’
Prefeitura de Salvador recupera fontes luminosas; Investimento é de mais de R$ 1 milhão
As fontes luminosas embelezam Salvador e atraem visitantes. Algumas delas remetem à história do período imperial, como a do Terreiro de Jesus, que fez parte do audacioso sistema da Companhia do Queimado – primeiro sistema de abastecimento de água encanada do país. Para preservar e recuperar esses pontos de visitação e história, a Prefeitura investiu R$1,6 milhão. A revitalização de seis fontes situadas na Praça da Piedade, duas no Campo Grande e nas praças Nossa Senhora da Luz, da Sé e do Terreiro de Jesus foi realizada pela Diretoria de Serviços de Iluminação Pública (Dsip), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). O órgão utilizou o que há de melhor em tecnologia para a revitalização desses espaços.
Segundo a Prefeitura, foram implantados 169 projetores em LED RGB, tecnologia que permite a alteração de cor simultânea, evita a penetração da água e é mais resistente a impactos e corrosão. As obras envolveram serviços de infraestrutura, iluminação, hidráulica, programação, circuito elétrico e de revitalização de pintura. Algumas dessas fontes, como a da Praça da Sé e Campo Grande, tiveram o material furtado. Portanto, foram instalados quadros novos, tanto de iluminação quanto de jato d’água. As salas de equipamentos das fontes agora contam com alarme sonoro, que é acionado em caso de invasão.
De acordo com a Prefeitura, além disso, a manutenção é feita diariamente com tratamento de água, lubrificação de equipamentos e bico. As fontes das praças da Sé e Nossa Senhora da Luz, além de luminosas, contam com trilha sonora a partir das 18h. A trilha se inicia com a Ave Maria e o movimento das águas é sincronizado com os ritmos musicais. “Estamos recuperando as fontes luminosas da cidade que fazem parte do patrimônio histórico de Salvador e, também, o monumento Mário Cravo. A intenção é de que estes equipamentos possam abrilhantar ainda mais a cidade neste mês de aniversário”, destaca o diretor de Iluminação Pública, Júnior Magalhães. :: LEIA MAIS »
Volume de água na lagoa da Terra Dura pode aumentar em até 70% após revitalização
A retirada do material levado pelas águas das chuvas para as partes mais fundas vai revitalizar a lagoa da Terra Dura, que enfrentava processo de extinção devido ao assoreamento – acúmulo de areia e outros detritos. Recuperada, vai se tornar ponto de lazer e de pescaria.
O rebaixamento do solo será feito em toda a extensão da lagoa. Próximo a estrada, a sua profundidade vai passar de quatro metros. A expectativa é de que o volume de água represada aumente em até 70% em relação a capacidade atual. Além do reforço na parede principal, a lagoa vai ganhar um sangradouro.
E o serviço será acelerado porque o Fundo Municipal de Meio Ambiente destinou recursos para que seja contratada uma máquina adequada para fazer este serviço gastando menos tempo – atualmente estão sendo usadas escavadeiras. Em alguns pontos, o barro chega a dois metros de profundidade.
A lagoa, que é alimentada por nascente localizada no Parque da Cidade Frei José Monteiro Sobrinho, é uma das dez que estão em franco processo de revitalização, iniciativa da Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, e com parcerias com a iniciativas privada.
Águas de nascentes correm para a lagoa da Terra Dura. Mas estas também enfrentam problemas com escassez devido a seca, que baixa o lençol freático de toda a região. O ambientalista João Dias, disse que a lagoa pertence à microbacia do Subaé. “Suas águas correm para o rio”. Nos períodos chuvosos, uma lâmina cristalina passa sobre a estrada, e alimenta o Subaé mais adiante, como em 2015.
Segundo ele, o material será retirado até a camada de piçarra, tipo de impermeabilizante natural que impede que a água seja infiltrada rapidamente. João Dias, que também trabalha na Secretaria de Meio Ambiente, disse plantio de árvores das espécies ripárias – aquelas que presentes nas margens de lagoas, como ingás, araticuns, quixabeira branca, entre outros, seguirá ao assoreamento.
Além do peixamento, diz João Dias, a lagoa da Terra Dura atrairá muitas aves, como garças, patos, paturis e marrecos, jacarés e a galinha d’água azul, vista recentemente no local, que está em processo de extinção. A lagoa fica a menos de um quilômetro do povoado que lhe deu nome.