Desperdício e falta de controle que gerou uma dívida gigantesca. Débitos milionários deixados junto a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA). Prédios públicos com o serviço de água e esgoto cortados. Esta foi a realidade encontrada pela Prefeitura de Jequié, em janeiro, e desde então diversas medidas vêm sendo implantadas para evitar o desperdício, diminuir o consumo e otimizar o uso.

A primeira etapa na implantação do plano para reduzir os gastos com água foi identificar os lugares em que as contas contabilizavam maiores valores. Com isso, foram feitas verificações completas nos locais que apresentaram maior consumo. A Secretaria de Serviços Públicos fez checagem em todas as saídas de água em pias, torneiras, sanitários e bebedouros dos equipamentos públicos que apresentavam alto consumo de água. As análises apontaram que o Centro de Abastecimento Vicente Grilo (CEAVIG), no Centro da cidade; o Belvedere Geminiano Saback, na Praça Rui Barbosa; a Biblioteca Municipal, na Avenida Rio Branco; o Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC) e diversas escolas e órgãos da estrutura municipal, eram as responsáveis pelo maior índice de consumo de água.

Como alternativa para baixar o alto custo, que o desperdício e a falta de controle que a gestão passada permitiu, a Prefeitura de Jequié, através da Secretaria de Serviços Públicos, realizou diversas adequações baseadas no monitoramento de consumo e na melhoria da estruturação física dos equipamentos. Ações estas que impactaram na redução paulatina das contas de água.

No CEAVIG foi feita a individualização dos registros de água e a readequação do uso da água em todos os boxes. A conta deixada sem pagar pela gestão passada, relativa aos anos de 2015/2016 chegou ao valor de R$ 480,000 mil reais (quatrocentos e oitenta mil reais) e uma conta mensal no valor de R$ 39.800,00 (trinta e nove mil e oitocentos reais). Hoje o consumo de água gera uma conta de R$ 148,00 (cento e quarenta e oito reais) ao mês. O consumo no CEAVIG era de mais de 1.200 m3 de água. Depois das adequações que foram realizadas ali, o consumo caiu para 7 m3 de água.

A economia feita, a partir das novas medidas adotadas pela prefeitura de Jequié, continua: No Belvedere Geminiano Saback, na Praça Rui Barbosa, o consumo era de R$ 15.000,00 mil reais (quinze mil reais), hoje é de R$ 1.500,00 reais (mil e quinhentos reais). O prédio da Biblioteca Municipal que chegou a consumir cerca de R$ 6.000,00 mil reais de água, agora gasta R$ 800,00 (oitocentos reais). Prédios públicos como o do CAIC e outras escolas, chegavam a pagar contas de água no valor de R$ 8.000,00 reais (oito mil reais) em pleno período de férias, quando os alunos não estão frequentando a unidade e, por conta disso, o consumo deveria ser menor. Essas escolas municipais estão gastando apenas R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês em consumo de água.

“A iniciativa é fazer o consumo de água ser mais racional, ao mesmo tempo em que, de forma mais justa, fazer o município economizar. Tudo isso, a partir do monitoramento constante e contando com ajuda de todos para que houvesse esse redução considerável no valor das contas.”, disse o secretário de Serviços Públicos,Renê Andrade.

“Esse plano de ações mostrou que, com força vontade se faz acontecer. Pegamos a Prefeitura com uma dívida absurda junto a Embasa e fizemos as mudanças pontuais a fim de que essa economia retornasse para a cidade, através de investimentos, de obras, de serviços. O dinheiro que era gasto para pagar o desperdício de água hoje é transformado em realizações para a população.”, disse o prefeito de Jequié,Sérgio da Gameleira.