Foto: Divulgação/CMFS

Sensibilizados com a situação de maus-tratos e abandono de animais, em Feira, vereadores manifestaram apoio à proposta de criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Causa Animal, no âmbito do Legislativo feirense. A sugestão foi apresentada pelo vereador Professor Ivamberg (PT), na sessão desta quarta-feira (23), após explanações de ativistas da causa animal, na Tribuna Livre da Câmara. Segundo ele, o Município até possui leis dedicadas à proteção dos animais, mas o problema é que não são cumpridas.

Para o petista, a criação da Frente, pela Casa, poderá ajudar, tanto numa melhor cobrança junto ao poder público, quanto na organização de audiências com a sociedade e autoridades. “Servirá para que a gente possa aprofundar mais as questões. Não sabemos, por exemplo, como está o Centro de Zoonoses, sua estrutura e os trabalhos desenvolvidos. Temos que saber para cobrar da gestão municipal”, alertou.

Manifestando apoio à proposta do colega, o presidente da Câmara, Marcos Lima (UB), disse que a Frente, uma vez criada, será um instrumento a mais para auxiliar no combate aos maus tratos e a favor da causa animal. “O Legislativo tem compromisso com o tema e se debruçará nos próximos meses no trabalho sobre isto”.

Tecendo críticas à gestão passada, Galeguinho SPA (UB) cobrou da nova gestão políticas públicas e redução da burocracia em torno de repasses de recursos para a entidades. “Na avaliação dos 100 Dias [do Governo Municipal] não vi falar nada da causa animal. É preciso termos políticas, pois há protetores de animais que chegam a dar pena”. Ele citou casos que demonstram falta de estrutura e de condições. No Feira VI (uma pessoa cuida de 150 animais na própria casa), enquanto outro, no Feira X, tem 32 cachorros cuidados em espaço apertado.

Galeguinho solicitou a atenção da Secretaria Municipal de Saúde a um “possível surto” da doença “esporotricose”
[micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, transmitida por contato com o fungo no solo, vegetais ou animais] no Município: “Peço à secretaria e ao Centro de Zoonoses que tomem uma atitude em relação a isto, pois é um tipo de vírus que toma o corpo todo do animal e atinge o ser humano”. (CMFS)