Diretora da APLB, Marlede Oliveira.

Diante dos vereadores e de um grande público na galeria da Câmara Municipal de Feira de Santana, a diretora da APLB, Marlede Oliveira, ocupou a Tribuna Livre na manhã desta terça-feira (9) para falar dos problemas da educação na cidade, especialmente as consequências do corte nos salários dos professores da rede municipal. Ela lembrou que a suspensão das atividades presenciais ocorreu a partir de 18 de março e já no final do mês de abril os professores foram surpreendidos com a redução dos salários.

“Os professores estão passando necessidade”, disse a sindicalista, destacando que os cortes variam de 20%, 50% e até 70%. Ela contou que a entidade buscou o diálogo com o governo de todas as formas e não conseguiu reverter a situação. “Entramos na justiça, conseguimos uma liminar, mas foi derrubada e a questão não foi julgada”, contou. Houve vários adiamentos e agora mais uma data foi anunciada para este mês. “Fomos chamados de milicianos, arruaceiros e por isso estamos aqui, porque entendemos que o Legislativo feirense tem o papel de defender os interesses da população”, ressaltou.

Outro ponto levantado por Marlede Oliveira foi o fato da verba do Fundeb continuar a mesma e não haver informação de como está sendo utilizada. “Somos o único município do Portal do Sertão que cortou salário”, atestou a presidente da APLB, reafirmando que os professores nunca se recusaram a dar aula, mas não foi disponibilizada a estrutura para aula remota. “Não é responsabilidade nossa. Temos uma pauta que precisa ser discutida. A bandeira da educação pública de qualidade interessa a todos”, enfatizou. (CMFS)