As ações de vândalos contra equipamentos públicos em Salvador gerou prejuízos de cerca de R$2,5 milhões à Prefeitura. Entre as pastas mais afetadas está a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) que, de janeiro a junho deste ano, já gastou quase R$200 mil para repor cabos roubados de semáforos. O montante já ultrapassa o valor do prejuízo em 2017, que foi de R$56 mil. Além dos prejuízos financeiros, a ação contra os equipamentos de trânsito gera enormes transtornos à população. No primeiro semestre deste ano, foram atacadas sinaleiras situadas no Relógio de São Pedro, Centro, Rodoviária Velha, Caminho de Areia, Barris, Sete Portas, Vasco da Gama e Avenida Orlando Gomes. O superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, explica o quanto a prática causa transtornos tanto para o poder público como aos soteropolitanos. “Somente no primeiro semestre deste ano, já foram gastos R$200 mil, sendo R$100 mil apenas na região dos Barris, para reparar os danos causados com o furto de cabos da rede semafórica”, exemplifica. Ele lembra que quando esse tipo de crime atinge equipamentos da Transalvador, o trânsito da cidade também é prejudicado. “Temos lentidão, congestionamentos, e consequentemente, a população que transita por aquele local também sofre com isso”, reforça.

Áreas de lazer – A Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), vinculada à Secretaria Municipal de Manutenção (Seman), também paga um preço alto com o vandalismo. Neste ano, o gasto para conter o vandalismo em monumentos públicos foi de, aproximadamente, R$104 mil. Das 56 praças danificadas em 2018 está a da Matriz, em São Cristóvão, que foi completamente pichada, teve as placas de comunicação visual quebradas e equipamentos da academia de saúde roubados.

Segundo a Desal, outro equipamento alvo dos vândalos foi a Praça João Mangabeira, nos Barris, onde o vestiário foi arrombado. Ainda no local, itens como torneiras, conexões de água e divisórias foram roubadas. A Praça ACM em São Caetano, Dodô e Osmar, na Ribeira, e a Praça do Imbuí também sofreram danos. Somente nas academias de saúde ao ar livre, a pichação e os furtos frequentes geram custos de R$32 mil à Seman. Diante da ação dos bandidos, o órgão tem investido em substituições dos piquetes e balizas, assim como as grelhas furtadas. Estes itens são compostos de ferro fundido e possuem alto valor comercial, despertando a atenção dos meliantes. De acordo com a Desal, em 15 dias foi verificado o furto de 200 itens dessa natureza.

Limpeza e iluminação – A situação na Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) não é muito diferente. Mensalmente, o órgão gasta R$16 mil com a reposição e instalações de papeleiras depredadas em diversos pontos da capital baiana. Entre as ações mais comuns dos vândalos está também o roubo de luminárias e de fios de cobre dos postes espalhados pela cidade. Por conta dos crimes, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) estima um prejuízo no valor de R$2,3 milhões de 2013 para cá.