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:: ‘mandioca’

Oliveira dos Brejinhos: Governo do Estado entrega obra de infraestrutura e unidades de processamento de frutas e mandioca

Oliveira dos Brejinhos

Oliveira dos Brejinhos – Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Oliveira dos Brejinhos, município localizado no território de identidade do Velho Chico, recebeu a visita do governador Jerônimo Rodrigues, nesta quinta-feira (29), para inaugurar o trecho da rodovia de acesso à cidade, que foi restaurado e urbanizado. Na ocasião, foram entregues duas unidades produtivas: uma para o processamento de frutas e outra para a mandioca. Durante a visitação, Jerônimo também vistoriou o andamento das obras de uma nova unidade escolar em tempo integral.

“Estamos aqui hoje em Oliveira dos Brejinhos, e à noite começam as festividades de São Pedro, que vão até domingo, em parceria com o Governo do Estado na Segurança Pública e nas atrações culturais. Entregamos agora essa obra de infraestrutura, que também possui uma pista de corrida e de bicicleta, para que os cidadãos possam se exercitar em um lugar adequado e bonito. Além disso, visitamos a obra da escola que terá todos os equipamentos de esporte, lazer e educação das novas obras entregues pelo governo”, disse Jerônimo. Ele também se comprometeu a voltar ao município ainda este ano para realizar a entrega do colégio e discutir novos projetos importantes para o desenvolvimento da cidade.

Com um investimento de R$ 1,2 milhão, o trecho requalificado na entrada da cidade se tornou um cartão de visitas para a para os moradores. O autônomo Luis Cláudio Soares elogiou a obra. “Tá muito linda, a rodovia melhora muito o acesso dos motoristas vindos do Oeste da Bahia em direção à região Sul. Além disso, a via também agora é um caminho para muita gente que está indo em direção à BR-242. Agora temos um local adequado para recebermos visitantes e também facilitar o trânsito. É uma felicidade ver a nossa cidade assim”. :: LEIA MAIS »

Do cacau à mandioca, seca é elemento marcante no Censo Agro da Bahia

Cacau e MandiocaEntre estradas lamacentas e esburacadas, bois, alguns informantes desconfiados e cães bravos, os recenseadores do Censo Agro 2017 desbravam a área rural de cada região do Brasil em busca das informações que vão desenhar o retrato do setor agropecuário do país. E na Bahia, maior estado rural brasileiro, não é diferente.

Mas nem só de desventuras vive um recenseador. Nesses caminhos, onde às vezes só passa uma motocicleta por vez, há receptividade e histórias de vida por trás de cada questionário. Há o casal que se nega a abandonar o sítio mesmo com a saúde frágil; tem também o agricultor que não se limita a responder as perguntas e relembra emocionado sua prisão e tortura no Regime Militar. Pessoas simples e receptivas que não aceitam que o recenseador vá embora sem antes tomar, pelo menos, um cafezinho. Às vezes tem até almoço e chocolate artesanal!

“Todo mundo é bem receptivo e quer que a gente beba alguma coisa. Eles ficam até chateados se a gente não aceitar, aí faz caldo de cana, suco”, comenta a recenseadora Thalita Moreno, que está atuando no município de Ilhéus, no Sul do estado. Ela diz que está contando com a ajuda de uma moradora local para chegar às propriedades de difícil acesso e, assim, finalizou um dos setores censitários de Ilhéus em duas semanas.

O setor finalizado por Thalita está entre os 1.732 que haviam sido concluídos na Bahia até o dia 24 de novembro deste ano, o que representa quase 13% dos 13.250 setores existentes no estado. A coleta do Censo Agro 2017 na Bahia já foi iniciada ou concluída em mais de 43% do total.

“A coleta está indo relativamente bem. Ela já foi concluída em quase 2 mil setores e está em andamento atualmente em cerca de 2,3 mil setores. Agora a expectativa é ficar de olho na supervisão, no pagamento, na conclusão dos estabelecimentos e no acompanhamento da qualidade do dado”, avalia o coordenador Operacional do Censo Agro na Bahia, André Urpia.

Seca e praga: triste realidade do campo baiano

Aos poucos, o retrato rural baiano vai se formando. Em Ilhéus, por exemplo, os recenseadores começam a constatar uma triste realidade: o principal município produtor de cacau da Bahia e segundo produtor nacional da fruta vem enfrentando uma dura batalha contra a seca e a vassoura de bruxa. De 2015 para 2016, a produção no estado caiu pouco mais de 42 mil toneladas, segundo resultados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), do IBGE.

“A produção de cacau ainda está sofrendo muito com a vassoura de bruxa. Então eles [os produtores] estão plantando cupuaçu dentro da roça de cacau, porém metade do cupuaçu é perdida porque não tem venda. Na hora que a gente vai entrevistar percebe aquele olhar pesado, triste”, relata Thalita.

Por conta dessa baixa, os produtores rurais estão se desfazendo dos estabelecimentos, o que dificulta na coleta das informações: “Como são novos produtores, a informação coletada será só sobre o plantio, já que não houve colheita no período de referência” explica a supervisora Andrea dos Anjos.

O problema da seca se repete em outras regiões da Bahia. Em Serrinha, no Nordeste do estado, a falta de chuvas comprometeu safras inteiras, como relata o agricultor Jucelino Cardoso. “O clima aqui em outros tempos já foi muito bom, mas hoje é difícil porque nem sempre a gente pode colher. Neste ano ainda tivemos um pouco de feijão, mas perdemos quase 90% da safra do milho”, conta.

Um dos recenseadores que atuam na região, Lucas Costa confirma: “O perfil [que tenho constatado] é o de subsistência porque ultimamente o clima não está contribuindo. A produção não está sendo tanta, então não dá pra comercializar”, relata, explicando que as culturas mais encontradas até agora são as de feijão, milho e mandioca. “O que mais mexeu comigo é a pessoa que está em uma situação sofrida, que vive da roça e não tem outro meio de viver e acaba passando necessidade”, conta.

A mandioca é outro produto atingido pela seca na Bahia

Em Barreiras, no Oeste baiano, região com produção agrícola de alto valor, concentrada, sobretudo, em grãos como a soja e o algodão, a realidade se repete, como explica o recenseador e engenheiro agrônomo Maxuel Araújo. “Ainda não choveu na cidade neste ano e, das áreas que visitei e são irrigadas, algumas diminuíram a frequência da irrigação”, diz, acrescentando que alguns produtores estão preparando as terras à espera de chuvas previstas para a primeira quinzena de novembro.

Este é apenas um recorte da realidade agropecuária na Bahia, coletado nas propriedades visitadas por Thalita, Lucas e Maxuel, que estão entre os pouco mais de 260 mil estabelecimentos recenseados até o dia 22/11, o que corresponde a aproximadamente 34,1% do total esperado para o estado (cerca de 760 mil).

Até o fim da coleta, em fevereiro de 2018, muitas outras realidades devem ser conhecidas, como explica o chefe da Unidade Estadual do IBGE na Bahia (UE/BA), Artur Ferreira Filho: “O objetivo do Censo Agropecuário é informar em números o quadro e a estrutura do sistema produtivo do setor. Lógico que serão mostradas as regiões onde a produção está mais afetada, por exemplo, por fatores climáticos, onde as culturas não estão bem adaptadas. E vai mostrar também regiões onde o quadro é diferente”, esclarece, acrescentado que os resultados do Censo Agro podem beneficiar os produtores rurais.

“O Censo pode trazer benefícios para o homem do campo, pois, com a análise dos dados, os órgãos governamentais podem direcionar as políticas públicas para aquelas regiões onde o fator climático está afetando muito a cultura ou direcionar uma alteração no sistema produtivo, fomentando uma cultura mais resistente à seca. E quanto às regiões que já estão beneficiadas pelos fatores climáticos, pode incentivar ainda mais o aumento da produtividade.



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