Secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas

Secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, entrou na seara eleitoral para rebater os candidatos ao governo do estado que fazem ataques ao funcionamento da Central de Regulação nos hospitais públicos. Zé Ronaldo (DEM) e João Santana (MDB) chamam o serviço de “fila da morte”. “Eu estou tranquilo em relação a isso. É muito claro que todo problema complexo não tem solução simples. Temos trabalhado a longo prazo nos quatro anos. Para fazer isso de forma sólida e sustentável tivemos que traçar várias ações. Entre agosto e setembro injetamos quase mil leitos hospitalares. Hoje tiramos 206 pacientes que moravam em hospitais, que faziam hemodiálise, por exemplo”, argumentou Villas-Boas durante entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta segunda-feira (24). “Hoje todo dia a Central de Regulação atende 500 pacientes. Todos os dias surgem de 400 a 600 pacientes […] temos na tela 1500 pacientes na fila em todo estado. Giro 500 por dia e surgem 500 por dia”, continuou o secretário.

Segundo ele, o estado reuniu uma equipe de especialistas para analisar caso a caso as pendências e em breve realizar mutirão de cirurgias e procedimentos necessários. “Vamos fazer mutirão para limpar mil pacientes que estão no estoque […] vamos passar a ter capacidade instantânea em 24 horas […] hoje temos condições de acabar com a fila da regulação”, assegurou.

De acordo com Villas-Boas, o governo da Bahia pleiteia 150 milhões de dólares em Brasília para apoiar municípios no serviço de atenção básica, a fim de evitar sobrecarga no serviço de regulação para média e alta complexidade. Ele comentou ainda sobre a relação com o governo do presidente Michel Temer e o envio de recursos solicitados pela Bahia para ações em saúde. “Além da obrigação não [temos recebido], temos vários pleitos”.

“Recentemente o ministro esteve na inauguração Couto Maia, anunciou liberação de dinheiro para a gente para fazer uma série de intervenções. Esse dinheiro nunca veio, ficou só no gogó. Temos uma interlocução muito boa graças ao vice-governador João Leão. De todos os ministérios do governo Temer, o Ministério da Saúde é o que tem sido mais atencioso com a Bahia, mas do ponto de vista concreto, recursos significativos como nós precisamos, acabamos sem receber nesse período desde o golpe. Temos mais de R$ 50 milhões de habilitações para serem reconhecidas pelo ministério e estamos lutando. O ministro Gilberto Occhi tem nos recebido lá em Brasília, tem sido muito atencioso, mas o dinheiro mesmo que a gente está atrás, eu estou correndo para ver se vem”. (BNews)