No intuito de diminuir a mortalidade, aprimorar tempo e recursos para pacientes que sofrem de bradiarritimias graves, a rede municipal de saúde de Salvador implantou o “Protocolo Bloqueio Átrio Ventricular Total – BAVT”. Essas arritmias representam uma condição em que a frequência cardíaca se reduz a ponto de o coração parar de bater adequadamente, podendo levar à morte súbita. Em cinco meses de funcionamento, 60 pessoas foram avaliadas pelo protocolo. A partir de agora, todo paciente admitido na rede com bloqueios atrioventriculares graves terá assistência da Equipe de Cardiologia do SAMU para avaliar com mais agilidade e precisão a indicação do implante de um marcapasso. O protocolo visa ainda otimizar o tempo de espera na fila de regulação, já que nos centros de referência apesar de terem suporte, na maioria dos casos o acesso é tardio para os pacientes.

Dentro desse programa, o SAMU é responsável pela coordenação e articulação rede, tendo como destino os hospitais Santa Izabel e Ana Nery, referências nesse tipo de atendimento. “A nossa equipe deve colher os dados que irão permitir ao cardiologista de plantão avaliar a necessidade do implante precocemente ou mesmo rastrear suporte para reverter o quadro, bem como identificar o risco de infecções nos candidatos ao implante. Após aplicado o protocolo, o encaminhamento para implantar o dispositivo é realizado com brevidade” explicou a coordenadora da equipe de cardiologia do SAMU, Pollianna Roriz.

Além da indicação de urgência, muitos marcapassos podem ter o seu implante programado – indicação eletiva. A fim de alcançar também este público e desafogar as emergências, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pretende ampliar o protocolo BAVT. A rede vai elevar a estratégia a nível ambulatorial encaminhando os pacientes com bradicardia elegível implante de marcapasso a médio prazo.