Atenta as notícias positivas, anunciadas pelo governo, referentes as finanças do estado, a Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia cobrou ao secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório o reajuste dos servidores estaduais, hoje, durante a audiência que apresentou o balanço do primeiro quadrimestre de 2017, realizada no plenarinho da Casa. Os deputados ressaltaram o aumento das receitas do estado e a necessidade de regularização dos salários do funcionalismo.

O vice-líder da Bancada, Luciano Ribeiro (DEM), chamou a atenção para o fato de o governo ter saído do limite prudencial de gastos com pessoal e ter ampliado em mais de 10% a receita do Estado e mesmo assim não ter sinalizado a recomposição salarial. “Apesar do aumento da receita e da saída do limite prudencial, o governo não conversa com os servidores sobre o reajuste salarial. Infelizmente a gestão do governador Rui Costa (PT) ainda parece insensível aos apelos das categorias do estado que tiveram reajuste zero nos últimos dois anos”, criticou.

O deputado Adolfo Viana (PSDB) também fez um apelo para que o governo aproveite o momento para nomear os concursados. “Uma vez que estamos fora do limite prudencial é preciso que cuidemos dos funcionários que estão aí com mais de dois anos com os salários congelados. É hora também de revermos a situação dos concursados que aguardam ansiosamente a nomeação. É preciso que o governo olhe para essas pessoas”, cobrou.

Outro ponto questionado pela Oposição foram as despesas com investimentos nas áreas básicas, como Educação, Saúde e Segurança. As receitas arrecadadas pelo estado em quatro meses atingiram o montante de R$14 bilhões, com um crescimento de 10,26% em relação ao mesmo período de 2016, entretanto as despesas de investimentos nesses setores não acompanharam o crescimento da arrecadação.

Na audiência, os deputados lembraram também da falta de cumprimento das emendas individuais. “É mais um quadrimestre que passa e o Estado não cumpre o que determina a Emenda Constitucional n.18”, frisou o vice- líder. O deputado Hildécio Meireles (PMDB), citou que no sistema Fiplan as emendas relativas a 2016 aparecem equivocadamente, como liquidadas. “Não pagar e dizer que pagou é um problema grave”, condenou.