Irene, mãe de Igor – Foto: Eduardo Moody

Irene Conceição é mãe de Igor. Durante quase três anos de internação do filho, ela ficou ao seu lado. Ana Gomes é mãe de Vitório Miguel. Ela também permaneceu ao lado dele, no hospital, por um ano. Hoje, elas são dois exemplos das milhares de mães que sempre acompanham seus filhos em tratamentos de alta complexidade no Martagão Gesteira e internamentos de longa duração. Para manter esses atendimentos, o Hospital lança, nesta quarta-feira (5), uma campanha para arrecadar recursos: “Ajude o Martagão. Quem pede é uma mãe”.

“A dedicação dessas mães é comovente e nos impulsiona a dar continuidade ao nosso trabalho. Sabemos, também, que a sociedade apoia a causa da saúde da criança e, por isso, estamos pedindo que nos ajudem a manter nossos serviços de alta complexidade que atendem pacientes de todo o estado. Todas as mães que têm seus filhos atendidos no Hospital fazem coro a este pedido”, ressalta a diretora do Martagão, Erica Oliveira.

Para ajudar o Martagão, doações podem ser feitas por meio do Pix do Hospital, sem taxas, por meio da chave doeagora@martagaogesteira.org.br ou do site oficial da instituição: https://martagaogesteira.com.br.

Referência em pediatria, o Martagão é um dos principais responsáveis pelos atendimentos de alta complexidade em diversas especialidades, na faixa pediátrica pelo SUS. Apesar das dificuldades impostas pela pandemia, o Hospital conseguiu manter esses serviços em funcionamento durante todo o ano, por se tratarem de doenças graves que não permitem o adiamento do tratamento.

Com base em dados da Tabela SUS 2020, o Martagão foi responsável, considerando o estado da Bahia, por quase a metade das cirurgias cardíacas feitas em crianças de até 14 anos (46%), além de 42% dos procedimentos em oncologia; 31% dos procedimentos de neurocirurgia e 21% dos internamentos de UTI pediátrica (tipo 2).

Treinamento – Depois de internações em outras unidades de saúde, Irene Conceição foi para o Martagão. Ela chegou em 2012 na Unidade de Treinamento para Desospitalização (UTD) do Martagão e foi treinada pela equipe do Hospital para, em casa, cuidar do filho, que tem uma doença degenerativa. “Tudo que eu queria era levar meu filho para casa. Foi um dia muito feliz para mim. Se não fosse esse apoio do Martagão, minha segunda casa, onde a gente ‘morou’ por mais de dois anos, não sei o que seria da gente. Eu vivo só para cuidar do meu filho”, conta. (Ascom)