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Vereador Alberto Nery (PT)

O vereador Alberto Nery utilizou a tribuna da Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (4) para cobrar da Prefeitura Municipal um posicionamento sobre as denúncias envolvendo o serviço de limpeza pública de Feira de Santana. Nery, que também é presidente da Comissão de Meio Ambiente da Casa, leu trechos de uma matéria veiculada pelo Jornal Folha do Estado que não somente indica irregularidades no aterro sanitário utilizado atualmente pelo Poder Público Municipal, como também atesta que o Município mantém contrato com uma empresa pertencente a um grupo investigado pela Lava Jato. “Na última semana recebemos um ofício da empresa Sustentare afirmando que o seu aterro está completamente legalizado, com todas as licenças ambientais e respectivas autorizações para receber o lixo da cidade. Mas a prefeitura está depositando em outro aterro, o da Viva, que não possui as licenças. Qual é o motivo?”, questionou.

Ainda de acordo com a matéria veiculada na edição desta quarta-feira (04), o Município não somente comete crime ambiental, pois deposita lixo em aterro sem autorização, como também descumpre decisão judicial. “O jornal diz: “Ao continuar a operação, a Viva Ambiental, a Cavo e o próprio Município seguirão desrespeitando decisões judiciais”. Em outro trecho, a matéria afirma “A Estre Ambiental e suas coligadas Viva Ambiental e Cavo serviços e Saneamento S/A são de propriedade do empresário Wilson Quintela Filho, ex-diretor da Camargo Corrêa e mais o Banco BTG Pactual, pertencente a André Esteves, preso na operação Lava Jato”. Por isso, qual interesse do município em continuar desrespeitando e descumprindo ordem judicial, cometendo inclusive crime ambiental, mantendo contrato com uma empresa que não tem licença ambiental, ou autorização para funcionar? Isso é crime”, argumentou.

Ainda segundo a denúncia apresentada pelo jornal, o Grupo Estre, envolvido na operação Lava Jato, tem contrato de mais de 17 milhões em Feira de Santana, através da Cavo Serviços Ambientais e Saneamento, podendo chegar a mais de 29 milhões. “Se existe uma decisão judicial e o prefeito continua querendo descumprir levanta-se uma suspeição. Por isso, quero fazer jus a solicitação do companheiro Edvaldo Lima e dizer que cabe sim uma CPI, uma investigação mais séria pelo Ministério Público, para averiguar as denúncias e o interesse em descumprir essa ordem judicial. Quero pedir a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito para verificar essas denúncias gravíssimas”, finalizou o edil.