Marialvo Barreto

Marialvo Barreto – Foto: Reprodução

Na última segunda-feira (23) o presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, vereador José Carneiro (PSDB), criticou o secretário de Cultura Esporte e Lazer Edson Borges. De acordo com Carneiro, Borges “faz o que quer e o prefeito Colbert Martins aceita”.  A fala de José Carneiro se deve ao fato de o secretário ter retirado da Festa do Vaqueiro de Alecrim Miúdo, povoado do distrito da Matinha, a atração musical sem explicações.  Quem tocaria seria o cantor Canindé.

Comentando a confusão, o ex-vereador Marialvo Barreto deu razão ao secretário. Na opinião de Marialvo, o vereador está se queixando sem razão. “A festa é do vaqueiro. Tem vereador que nunca os viram na festa porque só se interessam em colocar bandas para atender diversos interesses, menos os dos vaqueiros. Nunca ouvi falar que os vaqueiros, os legítimos donos da festa, tivessem recebido ou exigido da prefeitura sequer um fardo de feno para os animais, nem um gibão couro. Mas quando se trata de contratar bandas, palco é uma pressão enorme. E esta pressão não é feita pelos vaqueiros, mas sim por gente que desvirtua a festa, reduzindo o tempo de apresentação deles e aumentando o das bandas para atender políticos e donos de bar”, reclamou.

Ainda segundo o ex-vereador, as festas têm deixado de ser feitas pela comunidade e em muitas delas é a prefeitura que faz tudo. “A Festa de Vaqueiro do Alecrim Miúdo tem tradição, mas estão desvirtuando. A maioria dos que estão indo não é para ver a beleza dos cavaleiros e das amazonas, seus aboios, cavalos lindos e arreios impecáveis, mas sim para assistir bandas. Edson Borges está certo. Se vereador quiser banda cara, pague do seu bolso. Vamos valorizar as raízes das nossas festas, aí sim fazemos cultura”, disparou.

Ele ainda lembrou que a Câmara Municipal incluiu tantas festas de São João no calendário de festas populares que acabará com vereador exigindo do prefeito tudo para estas festas, até mesmo “o sanfoneiro, amendoim e milho cozidos, canjica pronta, licor de Belém e contratação paga das pessoas para dançar”.