Funcionários do Hospital Regional de Castro Alves, pertencente ao governo do estado e administrado pela Associação de Proteção a Maternidade e Infância de Castro Alves (APIMCA), paralisaram as atividades nesta quarta-feira (15). Os funcionários alegam que estão há quatro meses sem receber salários. Em conversa com o site Política In Rosa, o preposto do Sindsaúde na cidade, Agnaldo dos Santos, disse que os médicos não estão mais atendendo as pessoas e os plantonistas só vão ao trabalho quando recebem adiantado. “Outros funcionários que trabalham na cidade, mas moram em outras localidades estão impossibilitados de virem à cidade por que não tem dinheiro para pagar o transporte”, denunciou.

Agnaldo ainda ressaltou que exames e procedimentos simples, inclusive laboratoriais estão deixando de ser feitos por falta de material. “A APMI não está cumprindo com atendimentos e procedimentos para população  a exemplo de  raio x do torax, cardiologista, ginecologista, pediatra, ultrassonografia e outros procedimentos. A precariedade está até na alimentação. Falta ainda de alguns medicamentos”, completou.

O sindicalista diz que ao buscar informações, o administrador do Hospital, conhecido como “Luiz Ilarião”, explicou que está faltando recursos por parte da Secretaria de Saúde do Estado.

Maternidade

A APMICA ainda administra a maternidade de Castro Alves, que está na mesma situação. “Lá ainda é pior por que há cinco meses os funcionários não recebem e os demitidos tiveram que entrar com uma ação na Justiça do Trabalho para receberem sua rescisão. Os trabalhadores saem de férias e não recebem os seus salários antecipados”, destacou Agnaldo.

Essa empresa administra ainda o Hospital Regional de Juazeiro onde Agnaldo diz que os funcionários também se encontram em greve. “Se a situação não se estabilizar, vamos entrar em greve por tempo indeterminado”, garantiu.

Karoliny Dias