Presidente do consórcio que administra o Shopping Popular, Elias Tergilene.

Passados oito meses da inauguração do Shopping Popular de Feira de Santana, o presidente do consórcio que administra o empreendimento, Elias Tergilene, propôs um “reequilíbrio de contrato”. A proposta foi apresentada na tribuna da Câmara de Vereadores, nesta quinta (06), enquanto respondia às perguntas dos edis.

Questionado pelo vereador Edvaldo Lima (MDB) sobre a possibilidade de dar para os camelôs um tempo maior de carência para o pagamento das taxas, Elias sugeriu o reequilíbrio argumentando que abriu mão da receita, mesmo tendo que cumprir com os investimentos provenientes da gestão do empreendimento.

“Para que a gente fale em mais carência, nós temos que falar em reequilíbrio. O contrato fala que parte do que eu recebo, tenho que passar para a prefeitura. O condomínio me obriga a manter o empreendimento sempre limpo e organizado, tenho que fazer cursos de capacitação para os camelôs. O contrato prevê uma série de obrigações. Eu abri mão da receita, dei meses de carência. Dei três meses, depois dei mais cinco e não foi reequilibrado o meu contrato”, disse.

Salientando a natureza do empreendimento, que é fruto de uma Parceria Público Privada, Tergilene destacou que o reequilíbrio do contrato pode ser feito com a demonstração das perdas decorrentes da influência da pandemia na atividade econômica. “Numa PPP você reequilibra mostrando que houve Covid, houve perda de faturamento dos camelôs e que eles precisam ter mais prazo de carência. Não precisa fazer uma lei, basta que nós demonstremos isso”.

Tergilene chamou os vereadores a se dispor à tarefa de rever o acordo. “Precisamos do apoio de todos vocês para reequilibrar o contrato”. (CMFS)