O valor da cesta básica de Feira de Santana apresentou elevação de 0,22% em março, alcançando R$ 415,27. No trimestre, a elevação foi um pouco maior: 0,92%. Já a variação anual foi mais significativa, tendo chegado a 14,84%. De acordo com os professores e alunos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que trabalham no Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”, o produto com maior variação no seu preço médio em 12 meses foi o óleo, que registrou aumento de 90,15%. Considerando o peso relativo do produto na composição da cesta, é importante mencionar a variação do preço médio da carne, que foi exatamente de 38,74%, também em 12 meses. Em março de 2020, a carne pesava 24,96% no custo da cesta e, agora, em março de 2021, pesa 30,16%: incremento de pouco mais de 5 p.p (pontos percentuais).

Concentrando a atenção na variação mensal dos preços médios dos doze produtos alimentícios que compõem a cesta básica: açúcar, arroz, banana-da-prata, café, carne, feijão, farinha, leite, manteiga, óleo, pão e tomate, verifica-se que nove apresentaram aumento de preço médio no mês de março. A maior elevação foi a do preço da manteiga (4,19%), seguida pelo aumento da farinha (2,55%) e da banana-da-prata (2,17%). Os demais produtos que registraram incremento de preço foram açúcar, café, carne, feijão, óleo e pão. Nesses seis casos, o aumento do preço médio ficou abaixo dos 2%.

Dos três produtos que tiveram redução do seu preço médio, o que apresentou variação mais relevante foi o tomate, uma vez que a queda do preço chegou a 8,89%. A queda do preço do leite foi de 1,68% e a do arroz foi de 1%.

O almoço do feirense, cujo prato geralmente reúne arroz, feijão e carne, respondeu por 41,92% do valor da cesta básica de março, percentual pouco superior ao observado em fevereiro, de 41,5%. Nota-se que os três produtos que compõem essa refeição apresentaram preços médios mais elevados em março. Já o café da manhã, que costuma ser servido de pão, manteiga, café e leite, representou 30,03% do custo da cesta (percentual próximo ao verificado no mês anterior: 29,66%).

Quanto ao comprometimento do valor da cesta básica no salário mínimo líquido vigente em março, de R$ 1.017,50 (quantia resultante após os descontos previdenciários incidentes sobre o valor bruto de R$ 1.100,00), verifica-se um percentual de 40,81%. Pequena variação do percentual, quando se observa o mês anterior (40,72%).

Em termos de tempo de trabalho necessário para aquisição da cesta básica, constata-se que o trabalhador feirense que recebe o salário mínimo precisou despender 89 horas e 47 minutos para ter acesso aos doze itens da cesta. Frente aos dados de fevereiro, foram 12 minutos a mais que esse trabalhador de Feira de Santana gastou do seu tempo de trabalho para esse fim. Acesse o BOLETIM COMPLETO. (UEFS)